De saída: prazo para que escola deixe o local alugado, que era de 30 dias, foi prorrogado até julho.| Foto: André Rodrigues/Arquivo/Gazeta do Povo

Promessa

A construção de uma sede própria foi cogitada pelo governo estadual. A obra seria em um terreno de 6,5 mil metros quadrados, e orçada em R$ 15 milhões. Mas o projeto não foi levado adiante.

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Funcionando em um prédio provisório há anos, a Escola de Dança Teatro Guaíra (EDTG), que oferece formação gratuita em dança desde o ensino infantil, não poderá mais ficar na atual sede. O imóvel no Jardim Botânico (onde funcionava uma vidraçaria), alugado pelo estado, recebeu uma notificação judicial para desocupação– o dono tem dívidas e precisa vender o prédio para quitar os débitos. O prazo para a escola deixar o local, que, inicialmente, era de 30 dias, foi prorrogado para julho, depois que a diretora do Teatro Guaíra, Monica Rischbieter, apelou à juíza que examina a causa de falência em que o prédio que a escola aluga está envolvido.

Sem sede própria, a solução, segundo Monica, será transferir todas as atividades e os 220 alunos da escola para as dependências do Teatro Guaíra – o espaço, aliás, abrigou a EDTG até 1988, quando seu porte passou a exigir um local próprio. Na época, a escola passou por um barracão no bairro Tarumã, e no ano 2000 ocupou o prédio alugado no bairro Jardim Botânico, onde está hoje.

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De acordo com a coordenadora da escola, Sylvia Massuchin, um arquiteto do Guaíra já está trabalhando em um projeto de readaptação de setores para abrigar as aulas e os alunos sem prejuízo. Hoje, o Balé Guaíra e o grupo G2 também ensaiam no teatro. Segundo ela, não haverá “disputa” pelo espaço. “Haverá uma reestruturação interna, com readequação de outros departamentos, com um estudo bem criterioso”, salienta Sylvia. A EDTG é, ao lado da escola do Theatro Municipal, do Rio de Janeiro, a única entidade estadual do país. Atrizes como Letícia Sabatella e Simone Spoladore, e a bailarina Eleonora Greca, foram alunas da instituição, fundada em 1956.

Preocupação

Os pais dos alunos estão preocupados com o funcionamento futuro – pelo Facebook, mães debatem e organizam reuniões para discutir a situação no grupo “SOS Escola de Dança Teatro Guaíra.” Redução de vagas e da carga horária são os principais temores. A coordenadora da escola informou que, “a princípio, não haverá diminuição no número de vagas disponíveis”, e que as aulas no segundo semestre devem começar no Guaíra.

A presidente da Associação de Pais e Mestres da EDTG, Sirlete Piazzetta, disse que a associação teme que o espaço físico do Guaíra não seja suficiente. Além disso, fala sobre a segurança dos alunos do ensino infantil. “Temos muitas crianças pequenas, e não tem como deixar a criança sozinha no Guaíra, existem espaços perigosos de locomoção que podem ser perigosos. Nós gostaríamos de mudar, mas para um lugar melhor”, salienta. Nesta terça-feira (3), às 18h30, a associação se reunirá com a coordenação da escola e direção do Teatro Guaíra para debater os detalhes das mudanças.