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Escritor admira história que envolve disco do Pink Floyd
O famoso incidente sexual com um tubarão do Led Zeppelin ou a noite que Keith Moon, baterista do The Who, estacionou um carro em uma piscina, são outras lendas que alimentam a imagem do rock como um mundo de excessos e, ao mesmo tempo, puro sonho. "Sobretudo me interessava que parte de realidade havia nessas lendas, tentar desmenti-las, mas ao mesmo tempo seguir criando alguma dúvida. Que cada um fique com a parte que mais lhe interessa", comentou Sánchez.
Pink Floyd
O autor da reunião desses relatos em espanhol não sabe dizer qual é sua preferida, mas admitiu certa fraqueza pela lenda que afirma que o disco Dark Side of The Moon, do Pink Floyd, é uma trilha sonora feita para encaixar perfeitamente no filme O Mágico de Oz, um clássico de 1939.
Como seria o rock sem as lendas de que Elvis Presley está vivo, que Paul McCartney morreu em 1966 e que "Stairway to Heaven" tocada ao contrário é uma música satânica?
"Talvez algo menos divertido", disse o autor Héctor Sánchez, que, em Paul Está Muerto, passeia pelas lendas mais obscuras, curiosas e selvagens do rock.
"Acho que um dos encantamentos que o rock tem é o mundo que surge ao redor, toda a bola de neve criada e todo o telefone escangalhado", diz.
O livro, editado pela Errata Naturae e ainda sem previsão de ser publicado em português, aproveita o mistério e a riquíssima mitologia que envolvem o rock, repleto de figuras fascinantes e fatos surpreendentes que continuam a deslumbrar o público, embora muitas dessas histórias sejam autênticas mentiras.
Ao escrever "Paul McCartney" no Google, a primeira opção de pesquisa que aparece é "Paul McCartney morto", em referência à lenda urbana que diz que o músico dos Beatles morreu em um acidente de trânsito nos anos 60 e foi substituído por um sósia.
"O rock tem uma história própria, mas ao mesmo tempo há uma história paralela que muitas vezes é até mais surpreendente que a história oficial", conta Sánchez sobre um mundo no qual se enredam mitos, fanatismos e fatos que ele relata com humor e ironia, inclusive nos temas mais escabrosos.
No livro, há lendas de todo tipo, como a que "ressuscita" Jim Morrison (The Doors), a que garante que o fantasma de Janis Joplin continua preso no hotel em que ela morreu e a que afirma que o Eagles escondeu uma mensagem demoníaca em "Hotel Califórnia".
Segundo o escritor estreante, "o caráter selvagem" do gênero musical faz deste estilo um terreno "propenso às lendas urbanas". "Depois, se associarmos o tópico do sexo e das drogas, temos uma combinação explosiva", diz.
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