Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A escritora irlandesa Anne Enright ganhou o Man Booker Prize, o maior prêmio literário britânico, no valor de US$ 100 mil, pelo romance "The gathering" ("O encontro").

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A obra conta a história dos nove filhos sobreviventes do clã Hegarty, que se reúnem em Dublin no velório de seu irmão alcoólatra Liam e relembram um segredo sombrio da infância dele. Falando de sagas de famílias problemáticas, Enright disse: "Sempre há um que é bêbado, sempre há um que foi molestado quando era criança, sempre há um que é um sucesso fenomenal. A família é algo de que não se escapa. Não fazer parte da família é algo que não existe", disse ela a jornalistas. "Sigo a tradição irlandesa, com liberdade", disse ela, elogiando seu compatriota James Joyce. O último irlandês a receber o Booker foi John Banville, dois anos atrás, pelo igualmente sombrio "O Mar".

Natural de Dublin, Anne, 45 anos, já escreveu outros três romances, duas coletâneas de contos e um livro de não ficção, "Making babies: Stumbling into motherhood" (Fazendo bebês: tropeçando na maternidade).

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A vitória dela foi uma surpresa. Os favoritos eram "Mister Pips", do neozelandês Lloyd Jones, e On Chesil beach", do britânico Ian McEwan.

O Booker Prize, criado em 1969, está aberto a escritores da Grã-Bretanha, Irlanda e da comunidade de ex-colônias britânicas. Há cinco anos seu patrocínio foi assumido pelo consglomerado financeiro Man Group PLC, passando a se chamar Man Booker Prize.

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