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My Class (La Mia Classe)

Exibido na Mostra Competitiva, o instigante documentário italiano La Mia Classe, de Daniele Gaglianone, é um experimento cinematográfico que borra as fronteiras entre realidade e ficção. O ator Valerio Mastandrea interpreta um professor de italiano que dá aulas a uma turma de adultos estrangeiros de diversas origens, inclusive do Brasil, para quem o idioma é instrumento essencial se quiserem empregos mais estáveis e o visto de permanência no país. Todos os alunos interpretam a si mesmos, contam suas próprias histórias, mas as situações são, em grande medida, roteirizadas. Em vários momentos, vemos na tela toda a equipe de Gaglianone, testemunhamos o processo de rodagem do longa e os dilemas enfrentados quando a realidade invade a produção, como no momento em que um dos alunos tem seu visto negado e é impedido de continuar no projeto, que acaba sendo um retrato instigante da Europa nos dias atuais. GGG1/2 (Paulo Camargo)

Santa Teresa

O documentário do cineasta Eduardo Baggio, que abriu a mostra Mirada Paranaense, traça um panorama interessante sobre as políticas de saúde que pregam o isolamento, tendo como foco a história do Hospital Santa Teresa, em Santa Catarina, que funcionou como colônia para portadores de hanseníase. Além dos fatos curiosos (muitos pacientes remanescentes desses espaços, criados nas décadas de 1930 e 1940, ainda vivem no hospital), Baggio consegue cativar o espectador com os ótimos depoimentos dos entrevistados, que ajudam, inclusive, a preencher a lacuna de falta de imagens de arquivo. GGG (Isadora Rupp)

Chantier A

A pluralidade nas escolhas narrativas é a marca principal do longa-metragem argelino Chantier A. Em algum lugar entre o documentário e a (auto)cinebiografia, o complexo filme de Karim Loualiche é uma espécie de road movie interno, em que o personagem principal – o próprio Loualiche – retorna à sua terra natal após dez anos.

De volta à Argélia, ele vê que nada, ou muito pouco, realmente mudou na região rural e desértica onde nasceu. O leite ainda vem das cabras. Os meninos se divertem matando lagartos. A sua avó ainda não entende como ganha dinheiro com sua vida "de artista". O choque entre um argelino que viu e viveu o mundo e seu lugar de origem, desesperançoso, é o coração da trama

Mais que uma árida jornada íntima e pessoal, o filme – de linda fotografia –, também serve como observatório de um país distante, cuja cultura costuma ser estereotipada do lado de cá do planeta. GGG1/2 (Cristiano Castilho)

Master Class com Bernardet

Hoje, às 14 horas, no Espaço Itaú de Cinema (Sala 2), o crítico e roterista Jean-Claude Bernardet (foto) fala sobre sua experiência como ator, após a exibição do curta-metragem A Navalha do Avô, de Pedro Jorge, em que atua. Bernardet também é professor emérito da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP).

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