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Os documentários da série Memória do Esporte Olímpico Brasileiro irão ao ar todos os domingos, na canal pago ESPN, sempre às 21h30. Confira a programação:

11/8

No Meio do Caminho Tinha um Obstáculo, de Cacá Diegues, Flora Diegues e Renata Almeida. Personagem: o cavaleiro Rodrigo Pessoa.

18/8

Viagem – O Saque Que Mudou o Vôlei, de Giuliano Zanelatto. Personagens: os jogadores de vôlei Montanaro, William e Renan.

25/8

3 Pontos: o Basquete, o Rap e o Jejum, de Rafael Terpins. Personagens: os jogadores de basquete Walmir, Oscar e Varejão.

1º/9IPPON – A Superação Olímpica de Rogério Sampaio, de Cavi Borges. Personagem: o judoca Rogério Sampaio.

8/9

O Brasil na Terra de Misha, de Sílvio Tendler. Sobre a participação nacional na Olimpíada de Moscou (1980).

15/9

Um Homem Que Voa: Nelson Prudêncio, de Maurílio Martins e Adirley Queirós. Personagem: o atleta Nelson Prudêncio, medalha de prata no salto triplo, na Olimpíada do México (1968).

22/9

55s’4 – A Virada, de Ricardo Dias. Sobre a participação brasileira nos jogos de Roma (1960).

29/9

A Volta ao Mundo de Anésio Argenton, de Fernando Acquarone e Marcelo Paiva. Personagem: o ciclista Anésio Argenton.

6/10

A Valsa do Pódio, de Daniel Hanai e Bruno Carneiro. Personagem: a corredora Terezinha Guilhermina, deficiente visual.

15/10

Mulheres Olímpicas, de Laís Bondanzky. Sobre a particpação da mulher na sociedade e no esporte.

A saga de um homem e seu cavalo extrapola os limites do hipismo no documentário No Meio do Caminho Tinha um Obstáculo, episódio de estreia da segunda temporada da série Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que vai ao ar neste domingo às 21h30, no canal pago ESPN.

O filme, de 26 minutos, reconstitui um momento frustrante na história da participação de atletas brasileiros em olimpíadas: o cavaleiro Rodrigo Pessoa e seu cavalo Baloubet duRouet, conjunto tricampeão mundial, chegaram aos jogos de Sydney (2000), na Austrália, como francos favoritos à medalha de ouro. E, depois de inesperadas derrotas no futebol, no vôlei de prata e no iatismo, modalidades que prometiam triunfo, a dupla permanecia como derradeira esperança de o Brasil chegar ao lugar mais alto do pódio.

Na hora H, a glória não se fez. O animal (e, também, o homem), depois de uma pequena falta no início da prova decisiva, prosseguiu sem falhas, mas tenso. Até refugar diante de um obstáculo duplo. Morria ali o sonho do ouro, que se desfez diante dos olhos de quem assistia à prova aqui, de madrugada, no outro lado do globo, na torcida por uma vitória redentora.

Golpe

O documentário, que tem direção de Cacá Diegues, Flora Diegues e Renata de Almeida, é interessante por várias razões. A primeira, e mais significativa, é a sua coragem de escolher como tema um "fracasso". A derrota, que para Pessoa, então um dos maiores astros do hipismo mundial, foi um golpe em vários sentidos. Em rota ascendente, o cavaleiro se viu despencar em um abismo, do qual eventualmente conseguiu sair – na Olimpíada seguinte, em Atenas, ele e Baloubet duRouet venceriam a medalha de prata de salto individual. E, meses mais tarde, o cavaleiro receberia a de ouro, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, após a confirmação de doping do cavalo do Irlandês Cian O'Connor, vencedor da prova. A redenção definitiva veio em 2012, quando Pessoa foi porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres.

Reconstituição

Com uma narrativa ágil e criativa, No Meio do Caminho Tinha um Obstáculo brinca com a história do cavalo e do hipismo. Igual bom humor, com o uso de animação, reconstitui a genealogia de Pessoa, descendente de portugueses, já amantes dos equinos séculos atrás – cavaleiro, apesar de nascido na França e criado na Europa, se diz brasileiro de alma. O filme também conta a história de Baloubet duRouet, resultado do cruzamento de animais franceses e ingleses, mas de propriedade de um criador português.

Apesar de discutir a frustração e a derrota, com depoimentos de Pessoa, de treinadores e até celebridades que nada tiveram a ver com o fato, como a atriz Fernanda Torres (muito espirituosa, por sinal), o curta deixa no espectador um gosto de vitória.

A produção integra a segunda temporada de documentários realizados pelo projeto Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que conta com nove curtas de 26 minutos, selecionados em um edital promovido pelo Instituto de Políticas Relacionais e patrocinados pela Petrobras, e um média-metragem, Mulheres Olímpicas, da cineasta convidada Laís Bondanzky (confira a programação no quadro abaixo). O edital do terceiro ano do projeto será anunciado na próxima terça-feira, às 20 horas, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo.

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