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Atuação de Juliana Galdino (à dir.) é destaque nos três capítulos | Julieta Bacchin/Divulgação
Atuação de Juliana Galdino (à dir.) é destaque nos três capítulos| Foto: Julieta Bacchin/Divulgação

Agenda

Peep Classic Ésquilo

Teatro José Maria Santos (R. Treze de Maio, 655), (41) 3322-7150. Amanhã ("As Suplicantes" e "Os Persas"), sábado ("Orestéia I" e "Orestéia II") e domingo ("Sete Contra Tebas" e "Prometeu"), às 20 horas. Entrada franca, com retirada de ingressos uma hora no local. Classificação indicativa: 16 anos.

Estreia amanhã em Curitiba a trilogia Peep Classic Ésquilo, de Roberto Alvim. As peças, apresentadas em capítulos de sexta-feira a domingo no Teatro José Maria Santos, envelopam na estética escura e milimétrica do diretor obras do primeiro dramaturgo de que se tem notícia. Vivendo na Grécia entre os séculos 5 e 4 antes de Cristo, Ésquilo vivenciou a guerra contra os persas como soldado e poeta, redigindo cerca de 80 obras, das quais apenas 7 chegaram até nós.

Estão em cena "As Supli­cantes" e "Os Persas" (amanhã); "Oresteia" 1 e 2 (sábado) e "Sete Contra Tebas" e "Prometeu" (domingo), mitos centrados na guerra, na fábula dos assassinatos em série de Agamemnon e Clitemnestra ("Oresteia") e no castigo imposto a Prometeu pelos deuses depois que ele entrega aos homens o fogo.

Conforme Alvim, o que o atraiu para os textos do pai da tragédia foi a forma como ele se distancia da representação realista do mundo – fatores que contribuem para a encenação do teatro que lhe interessa: com pouca ação, aliás, praticamente nenhuma; luzes neon que somente permitem delinear o contorno dos atores no palco; e palavras enunciadas com diferentes intensidades, de maneira a fazer ouvir o texto de uma nova forma.

Essa é a escola que o diretor trouxe a Curitiba em 2009, quando assumiu as aulas do Núcleo de Dramaturgia do Sesi na cidade. Desde então, dezenas de alunos vêm produzindo textos que buscam inovar na linguagem, algumas com bastante influência do mestre.

A próxima oportunidade de conferir o trabalho dos pupilos será numa mostra em dezembro. "Esse ano houve um aprofundamento substancial", disse Alvim à Gazeta do Povo.

No ano que vem, a ideia é repetir a experiência de 2012 e levar alguns dos espetáculos para uma mostra em São Paulo. Depois, o mundo: em oportunidades como a Feira do Livro de Frankfurt, Alvim vem buscando "finalmente alcançar montagens internacionais" dos trabalhos que vem produzindo e estimulando. Na Alemanha, já assistiu a uma leitura dramática de seu Pinokio, realizada por atores alemães. O diretor também distribuiu versões em inglês de cerca de 20 peças brasileiras com dramaturgia contemporânea – entre os autores, ele próprio e o pernambucano Newton Moreno.

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