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A empresa produtora Grafo Audiovisual, vencedora do Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo em 2012, com o projeto do longa-metragem O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, teve o repasse da segunda parcela da premiação, equivalente a R$ 500 mil, suspenso pelo governo do Paraná, em decreto do dia 17 de dezembro. Ainda não há previsão de quando o dinheiro será liberado, embora a Secretaria de Cultura tenha se comprometido a saldar os seus débitos.

Com os recursos, que deveriam ter sido liberados na última semana de dezembro, o cineasta Aly Muritiba, pretendia iniciar a rodagem do filme na última semana de janeiro. Já que todo o processo de pré-produção foi desencadeado, com contratos assinados com atores, técnicos e fornecedores, não há mais como protelar ou cancelar a gravação do longa, senão todo o dinheiro da primeira parcela do prêmio, de R$ 300 mil, será perdido. "Todos esses profissionais têm uma agenda de compromissos. Não podem ficar à disposição do filme. Se adiarmos tudo até o pagamento sair, como foi sugerido pela Secretaria de Cultura, tanto o trabalho já feito quanto o dinheiro investido da primeira parcela serão jogados no lixo."

Para manter o cronograma de rodagem conforme o planejado, conta Muritiba, a Grafo terá de dispor de recursos próprios e de recorrer a um empréstimo bancário, a juros de mercado. A esperança é a de que o governo cumpra com a sua parte e libere os recursos da segunda parcela, que deveriam ter sido repassados agora em dezembro, até, no máximo, abril do próximo ano, senão a Grafo corre o risco de falência.

"Não teremos como pagar esse empréstimo. Nossa saída será entrar com uma ação judicial contra o governo do estado, já que existe um contrato assinado desde que vencemos o prêmio."

O Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo foi criado em 2004 pela Secretaria de Estado da Cultura (Seec), que, pelo menos no papel, deveria ser anual, mas até hoje teve apenas quatro edições. A premiação foi instituída com o intuito de estimular a produção audiovisual no estado, distribuindo R$ 1,54 milhão para a produção de quatro filmes, sendo um longa-metragem e três telefilmes.

Além de O Homem Que Matou a Minha Amada Morta, foram premiados, com R$ 180 mil cada, os telefilmes O Amor de Catarina e a Caixa de Sapatos, de Gil Baroni; Blindagem – Não Quero Morrer de Frio, Eu Quero Morrer de Rock, de Luciano Coelho; e Vladson, de Alessandro Yamada.

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