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O cineasta brasileiro José Padilha, que fez sucesso mundial com "Tropa de Elite" e "Tropa de Elite 2", estreia amanhã seu primeiro filme hollywoodiano: a refilmagem do famoso "RoboCop", que custou US$ 130 milhões e será exibido em cerca de 700 salas de cinema no país. Na "versão brasileira", o herói metade homem, metade máquina é criado pela empresa OmniCorp com o objetivo de convencer os americanos a aprovarem a lei que permite que robôs atuem no lugar de policiais dentro dos EUA -ele já são usados em conflitos no exterior. "A ideia principal é mostrar como desumanizar a tropa pode abrir as portas para o controle excessivo e o fascismo", diz Padilha. O RoboCop tem uma jornada diferente da do robô original, de 1987. Desta vez, o policial Alex Murphy (Joel Kinnaman) sofre um atentado ao investigar uma quadrilha de tráfico de armas. Em vez de ser dado como morto e retornar sem memória, Murphy acorda consciente e precisa, então, aceitar o fato de que não é mais um ser humano. Para Kinnaman, a cena em que ele se descobre um robô foi a mais difícil de filmar. "Era um momento de desespero em que eu não podia me mover. Tive de usar muitas técnicas de expressão facial no filme", descreve. Raymond Sellars (Michael Keaton) é quem tem a ideia de criá-lo, mas acaba virando seu maior inimigo. "Ele não é um vilão comum. É complexo e toma decisões erradas", diz Keaton. Ainda estão no elenco Samuel L. Jackson, Gary Oldman e Abbie Cornish. Elogios Michael Keaton e Joel Kinnaman revelaram que a motivação para fazer parte do elenco de "RoboCop" foi o diretor brasileiro José Padilha. Kinnaman, que vive o RoboCop, contou que não havia se interessado em atuar no longa. "Tem muitas refilmagens ruins sendo feitas, mas, ao ficar sabendo que o Padilha seria o diretor, mudei de ideia. Ele sempre tem um forte ponto de vista político e social em seus filmes", diz. No papel do criador do homem-máquina, Raymond Sellars, Keaton também foi só elogios ao diretor. "Ele é incapaz de fazer um filme comum. Se ele refilmasse "Debi & Loide', a gente pensaria: "E não é que a imbecilidade é interessante?'", brincou.

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