Roberto e Norma Nascimento: casamento e leituras compartilhadas| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Norma Nascimento, de 54 anos, lê por mês o que o brasileiro vai ler durante 12 meses. Pesquisa da Câmara Brasileira do Livro (CBL) aponta que a média nacional beira o inacreditável 1,8 livro por ano. Norma compra e lê pelo menos dois livros a cada 30 dias.

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Ela mora em Paranaguá, está aposentada, mas durante mais de duas décadas foi professora de Literatura e Língua Portuguesa e sempre procurou fazer com que os alunos gostassem de ler. "Oferecia textos, inclusive de jornal, que tivessem temas próximos da realidade dos alunos. Pois somente assim, pela proximidade temática, e pelo interesse no assunto, é que se desperta o interesse pela leitura", diz.

Sentando em uma cadeira na Livrarias Curitiba do Shopping Estação, ao lado de Norma, Roberto Nascimento, 57 anos, folheava Minha Fama de Mau, a biografia de Erasmo Carlos. "Estou lendo para ver se interessa. Se eu seguir por dez páginas sem parar, compro esse livro", afirma Nascimento.

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Eles são casados e, além de compartilharem o dia a dia, também dividem livros. A Cabana, de William P. Young, foi a mais recente experiência de leitura, conjunta, do casal.

A exemplo da família Nascimento, Josiane Schmidt, de 28 anos, tambem lê pelo menos dois livros todo mês. Ela tem o diploma de Jornalismo e, além de obras diretamente relacionadas à comunicação, mantém uma dieta de leitura que contempla filosofia e literatura.

Josiane e a família Nascimento se irmanam não apenas pelo fato de lerem dois livros a cada mês. Eles também afirmam que a leitura amplia o repertório, a capacidade abstração e compreensão da realidade. "É uma pena que se leia tão pouco no Brasil. Se todos soubessem dos benefícios da leitura, todos brasileiros seriam leitores", diz Josiane. (MRS)

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