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Centena de pessoas visitam nesta segunda-feira em Paris o túmulo do vocalista da banda The Doors, Jim Morrison, morto há exatos 35 anos, em 3 de julho de 1971. A sepultura simples fica no cemitério Pere Lachaise, onde há outros inquilinos ilustres, como Oscar Wilde, Maria Callas, Edith Piaf, Sarah Bernhardt, Yves Montand, Chopin, Moliere e La Fontaine. Morrison já foi quase despejado de lá, não por queixa dos vizinhos, mas pela depredação promovida pelos fãs que o visitam, que deixam lixo, pichações e depredam os túmulos alheios. A administração do cemitério alega que muitos fazem piquenique e se drogam no local, deixando também lembranças como cigarros de maconha e seringas usadas.

Morrison estava exilado em Paris depois de passar por confusões, incluindo inúmeras prisões, na América por conta de seu comportamento bizarro, que incluiu mostrar o pênis num show e cantar de maneira dramática a canção "The end", em que berrava querer fazer sexo com a própria mãe. Ele morreu de enfarte na banheira do hotel onde estava hospedado com a namorada, Pamela Courson, e não faltam rumores de que, a exemplo de Elvis Presley, esteja vivo e à solta no mundo.

"Tinha um grande coração e uma mente brilhante. Ajudou a mudar nossa mentalidade", disse o turista italiano Roberto, diante da tumba, enquanto José, um fã português, rabiscava versos em inglês inspirados pela proximidade do ídolo. O francês Jean Marco se proclama visitante assíduo de Morrison há 15 anos, envergando a mesma camiseta, já bem gasta, com uma foto do cantor. Flores, velas, mensagens e partituras cobrem o túmulo, encobrindo a placa metálica onde está escrito "James Douglas Morrison (1943 - 1971)" com a inscrição em grego clássico "Tal como um demônio". Havia um busto, mas foi roubado em 1990, quando já estava sem o nariz e bem pichado pelos visitantes e que nunca mais foi visto.

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