O Festival de Cannes deveria "parar de crescer", afirmou seu presidente Gilles Jacob, ao ressaltar, contudo, que a situação é "quase impossível de ser solucionada". "Teria que parar de crescer, para não se tornar um incômodo. Cannes é a cidade mais bonita que recebe um festival de cinema, mas precisa continuar a ser um prazer, não uma restrição", declarou Gilles Jacob, em entrevista ao jornal francês Nice Matin.
"Ao mesmo tempo, cada vez mais pessoas e meios de comunicação querem vir, não podemos proibi-los. É quase impossível de se solucionar", observou o presidente do Festival de Cinema de Cannes, que, como o responsável geral Thierry Fremaux, foi reconduzido para mais um mandato de três anos, até 2014. "Anteriormente, Kirk Douglas jogava futebol com os jornalistas e víamos as celebridades atravessando a Croisette para chegar à praia", acrescentou Gilles Jacob. "Para o público, a magia está intacta, mas hoje há todo um ambiente ao redor, agentes, gerentes, empresários, e os atores se movem em limusines de vidros escuros", lamenta. "Quando eles descem as escadas, alguns conversam com as pessoas, outros não. Muitos fazem apenas o que foi combinado, passam um dia curto com a imprensa, e vão embora. É quase uma fábrica. Falta humanidade", afirma.
A lista de filmes premiados da 65.ª edição do festival, iniciada no dia 16 de maio, será revelada hoje, durante a cerimônia de encerramento do evento.
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