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Documentarista foi morto pelo filho em 2014, aos 80 anos. | Eduardo Knapp/Divulgação
Documentarista foi morto pelo filho em 2014, aos 80 anos.| Foto: Eduardo Knapp/Divulgação

Últimas Conversas, filme que o diretor Eduardo Coutinho (1933-2014) realizava quando foi assassinado pelo próprio filho, abrirá a edição deste ano do festival É Tudo Verdade, de documentários.

O longa, que é inédito, estava em pós-produção quando o cineasta morreu. Entre novembro e dezembro de 2013, Coutinho havia entrevistado cerca de 30 alunos do ensino médio da rede pública do Rio de Janeiro e feito a eles perguntas abertas como “para que serve o dinheiro?” e “por que você estuda?”.

Como é habitual em seus filmes, o documentarista deixou os entrevistados falarem à vontade, segundo contou à reportagem a montadora do longa, Jordana Berg. “Ele sentava com os garotos e dizia: ‘Quero ser como um marciano que faz perguntas absurdas’.”

Coutinho foi morto a facadas pelo filho, Daniel, portador de esquizofrenia, que encontra-se preso num manicômio.

O festival É Tudo Verdade, mostra de documentários mais importante do país, ocorre em São Paulo entre 9 e 19 de abril. Depois, segue para o Rio, Belo Horizonte, Santos e Brasília.

A reportagem apurou que entre títulos confirmados estão o vencedor do Oscar Citizenfour, de Laura Poitras, sobre o informante Edward Snowden, e Cartoonists, de Stéphanie Valloatto, sobre o dinamarquês Kurt Westergaard, autor de uma charge de Maomé.

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