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LivroAntologia do Teatro Brasileiro (Século XIX) – ComédiaOrganização de Pedro Moritz Schwarcz e Alexandre Mate. Penguin–Companhia, 480 págs., R$ 29. Teatro.

O livro permite um mergulho nas origens do teatro brasileiro, partindo de uma sólida introdução dos organizadores. Como a comédia foi o primeiro gênero a firmar raízes nos palcos nacionais, esse foi o tema escolhido para o fascículo de estreia da antologia. Mesmo no período romântico, praticamente todos os grandes nomes da nossa arte dramática experimentaram fazer rir.

Primeiro, é delimitada a divisão que reinava há um século: a baixa e a alta comédia e seus efeitos sociais. Após a introdução, seguem peças na íntegra que fazem um panorama dos textos mais importantes. A farsa, adotada por Martins Pena, um de nossos nomes primordiais, que tem publicadas suas peças Os Ciúmes de um Pedestre e O Noviço. Segue-se o vaudeville burlesco de Joaquim Manuel de Macedo, com O Primo da Califórnia.

Quem mais está lá: Nomes que depois se consolidariam no romance, e por eles são conhecidos, como José de Alencar e Machado de Assis, também comparecem com seus trabalhos cômicos. O primeiro fazia o gênero bem-comportado, enquanto Machado, que também foi crítico, ainda muito jovem, enveredou por sofisticadas ironias. Já Artur Azevedo conseguia fazer entretenimento ao mesmo tempo que a crítica social, e Qorpo-Santo aparece como um pré-modernista, com texto inovador e iconoclasta. Os temas quase sempre esculhambam com a família, mostrando a podridão dos tratos e traições mil. (HC)

ExposiçãoAi Weiwei – InterlacingMuseu da Imagem e do Som de São Paulo. De terça a sexta-feira, do meio-dia às 22 horas, e sábados, domingos e feriados, das 11 às 21 horas. Ingressos a R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada). Até 14 de abril.

O artista chinês Ai Weiwei, considerado um dos mais influentes da contemporaneidade segundo a revista especializada ArtReview, é conhecido por usar a arte e despertar a atenção sobre as injustiças sociais. Preso pelo regime comunista do seu país e libertado em junho do ano passado, o arquiteto, artista, escultor, fotógrafo, blogueiro e crítico social clama, em seus trabalhos, por mais democracia e transparência na China. Só pelo contexto onde Ai Weiwei está inserido, já vale a pena ver a exposição com centenas de suas fotografias e vídeos no MIS-SP, que também é inédita em toda a América. Concebida pelo Fotomuseum Winterthur em colaboração próxima com Ai Weiwei (e seu assistente, Lucas Lai), e com curadoria assinada por Urs Stahel, a mostra é dividida em onze grandes grupos de obras, e traz desde as primeiras fotos do artista, quando viveu no East Village, em Nova York, até trabalhos mais atuais, como as séries Fotos de Celular e Fotos do Blog.

Preste atenção: No senso crítico de Ai Weiwei mostrado desde os seus primeiros trabalhos, como suas fotos em Nova York de 1983 a 1993. Apesar de ele descrever a época como "andar com amigos, sem objetivo nenhum", as imagens dos lugares a que ia e dos integrantes da comunidade artística chinesa que o visitavam já apontava o caráter documental que guia sua trajetória artística até hoje. (IR)

DVDAmerican Horror Story – 1ª TemporadaEstados Unidos, 2012. Criação de Brad Falchuk e Ryan Murphy. 4 DVDs. Classificação indicativa: 18 anos. Preço médio: R$ 99,90. Terror.

Indicada ao Emmy (o Oscar da televisão norte-americana) na categoria de melhor minissérie, a primeira temporada de American Horror Story, que agora virou mesmo série, é mais uma grande sacada do diretor, roteirista e produtor Ryan Murphy e de seu parceiro Brad Falchuk, criadores de Nip/Tuck e Glee, produtos televisivos que não poderiam ser mais distintos entre si. Essa primeira leva de episódios gira em torno da família Harmon: Ben (Dylan McDermott), Vivien (Connie Britton) e a filha adolescente do casal, Violet (Taissa Farmiga), se mudam de Boston para Los Angeles na tentativa de resolver uma profunda crise familiar, desencadeada por um caso de infidelidade. O que eles não sabem é que a casa onde eles escolhem morar esconde uma maldição.

Não perca: A atuação da veterana Jessica Lange no papel de uma vizinha diabólica cujos segredos estão intimamente ligados a tudo de bizarro que começa a atormentar os Harmon. A trama, muito bem-armada, e o clima da série – entre o gótico, o trash e o cinema de terror – também são pontos altos (PC)

CDThe Bass PlayerGaspa. Dirmond Disc. R$ 15 + frete (encomenda pelo www.facebook.com/gaspabassplayer ou pelo e-mail contatogaspabassplayer@gmail.com). Rockabilly.

O primeiro álbum de Ricardo Gaspa, ex-baixista do Ira!, chega ao mercado recheado de participações especiais, canções inéditas e releituras de sucessos da banda paulista. Cinco vocalistas – Marcelo Nova (ex-Camisa de Vênus), Wander Wildner (ex-Replicantes), Ricardo Alpendre, Flavio Landau e Karol Sun, além do próprio Gaspa, se revezam nas dez faixas de The Bass Player.

Com o fim do Ira!, por conta de brigas relacionadas a questões financeiras e pessoais entre os integrantes, Gaspa formou a banda de rockabilly Black Sheeps Rules NeoRockabilly, que depois mudou o nome para Os Alquimistas. Em carreira solo, o baixista manteve em The Bass Player a levada rockabilly, valorizando seu baixo acústico.

Preste atenção: Enquanto as especulações para uma possível volta do Ira! não se confirmam, os fãs da banda paulista podem aproveitar The Bass Player para ouvir novas versões de sucessos do finado grupo, como "Mistério", "Tanto Quanto Eu" – que tem um duelo de voz entre Gaspa e Marcelo Nova –, "Tarde Vazia" e "O Tolo dos Tolos". (RMM)

CD/DVDScreaming for Vengeance – Special 30th Anniversary EditionJudas Priest. Sony Music. R$ 49,90. Heavy Metal.

Com 44 anos de estrada, esbanjando saúde e talento – conforme pudemos ver nas últimas apresentações no Brasil –, a banda britânica de heavy metal Judas Priest só conquistou o mundo em 1982, com seu oitavo álbum de estúdio, Screaming for Vengeance. No ano passado, a Sony Music lançou lá fora uma edição especial em comemoração aos 30 anos do disco, com as 10 faixas remasterizadas, seis faixas-bônus (sendo cinco ao vivo), mais um DVD do lendário show no US Festival, na Califórnia, em 1983, e um encarte assinado pelo jornalista Eddie Trunk, apresentador do programa That Metal Show, do VH1. Pois agora, os fãs brasileiros da banda do "deus do metal", Rob Halford, também podem curtir a novidade.

Não deixe de ouvir: Os três singles do disco original – "Electric Eye", "(Take These) Chains" e o hino "You’ve Got Another Thing Coming" – e a também arrasadora faixa-título. A propósito: as versões ao vivo, incluídas como faixas-bônus, são ainda melhores. (LP)

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