O ministro da Cultura Gilberto Gil defendeu nesta terça-feira na Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) o compartilhamento, entre as empresas e as comunidades, da informação e dos benefícios relacionados com a exploração dos saberes tradicionais.

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Uma medida que permitiria tal compartilhamento seria "para países com muita pobreza e dificuldades de acesso aos bens, uma possibilidade de ter, entre outros, medicina e softwares de maneira gratuita", explicou Gil, em entrevista coletiva.

Essa questão, como adiantou o ministro, fará parte dos debates entre os representantes dos Estados Membros da OMPI na Assembléia Geral da organização, que começou na segunda-feira, 25 de setembro, e continua até 5 de outubro.

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Nas reuniões da OMPI serão analisados os progressos realizados pelo organismo da ONU. Serão formuladas também orientações para o futuro, entre outros no que concerne às relações entre a propriedade intelectual e o desenvolvimento dos países mais pobres.

Nesse sentido, Gil considerou que a posição que o Brasil defende é o compartilhamento de informações e benefícios no setor dos saberes tradicionais. "Isso aceleraria o desenvolvimento das sociedades, já que permite ganhar tempo e também seria mais barato. Outros países em desenvolvimento concordam com essa posição".

Ele reconheceu que "por outro lado, muitas companhias se opõe à idéia, especialmente as farmacêuticas, que têm interesses nesse setor".