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Faz poucos dias, o colunista Ruy Castro lembrava, numa crônica, a história do amigo que, inconformado com o fim do filme Casablanca (em cartaz no canal pago TCM às 14 horas de hoje) decidiu remontar o final para deixá-lo mais de acordo com o que desejava assistir. Ruy não conta como se sentiu o amigo após a estripulia. Não é impossível que fosse um sentimento de frustração. Pois a mítica da história do amor de Rick e Ilsa, ao qual se interpõe Victor Laszlo, sua guerra e sua resistência, não nos apaixona pela paixão da dupla, mas por aquilo que o engrandece. Trata-se de uma história de amor, sem dúvida, mas seu fundamento é o reconhecimento de que acima de cada um existe algo maior. Sem isso, sem o sentido cornelliano do dever, Casablanca não se aguentaria.

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