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Mais Agreste: ritmos afro-brasileiros e elementos pop | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Mais Agreste: ritmos afro-brasileiros e elementos pop| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Serviço

Lançamento do álbum Mais Agreste – Molungo

Teatro Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), (41) 3304-2222. Dia 17, às 20 horas. R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada). Sujeito à lotação.

O grupo curitibano Molungo apresenta o show de lançamento de seu novo disco no Sesc da Esquina, amanhã. Os ingressos são limitados.

Mais Agreste, segundo álbum da banda, traz canções inéditas de autoria dos integrantes e parcerias com Luiz Felipe Leprevost, que já havia assinado composições no trabalho anterior, lançado em 2009.

O novo trabalho aprofunda os experimentos do Molungo, que surgiu em 2008, dentro do grupo curitibano de Maracatu de Baque Estrela do Sul. Células e elementos de ritmos afro-brasileiros tradicionais, como o coco e o ijexá, são fundidos com gêneros pop contemporâneos, como o rock (na faixa-título, arranjada com ritmo de bumba boi de matraca do Maranhão) e o rap ("Referido Marginal"), em uma linha que aproxima o grupo de artistas como Lenine e Chico César.

"Ao mesmo tempo em que a gente se debruça sobre esses ritmos tradicionais, também temos em nossa bagagem outras linguagens que acabam se somando a eles", conta Cauê Menandro, integrante do Molungo ao lado de Carlito Birolli, Caio Guimarães, Fernando Lobo, Guilherme Handa e Luís Piazzetta, que assina a produção do disco.

O conceito de "agreste", uma das matrizes principais do universo musical do grupo, inspira a temática do show, que terá participações de convidados como Cláudio Menandro (rabeca) e Du Gomide (viola caipira).

Disco

De acordo com Cauê Menandro, o longo intervalo entre o primeiro e o segundo disco se deveu a mudanças na formação da banda, mas também resultou em um período de maturação.

Com a saída da cantora Iria Braga, o Molungo passou a ter apenas vozes masculinas. A formação foi reforçada por Fernando Lobo, que adicionou a bateria à sonoridade. Em paralelo, guitarra também acabou aparecendo com mais força no segundo trabalho, e as pesquisas com os ritmos brasileiros continuaram. "O amadurecimento da banda como um todo foi decisivo para chegar ao resultado deste trabalho", explica Menandro. Com uma matéria-prima tão fundamentada na cultura de matriz africana, o novo disco também acaba permeado por referências ao candomblé, cuja rica sonoridade iorubá dos nomes de seus orixás é uma das marcas do cuidadoso trabalho poético das letras.

Mas as temáticas avançam sobre outras questões, como o clima de mobilização que marcou o cenário social a partir de junho de 2013 (ouça "Em Frente", composição assinada coletivamente pelo grupo).

"Temos algumas falando de amor, e coisas mais urbanas, mais políticas. Normalmente não pensamos para que lado vamos com a letra. Simplesmente nos deixamos levar", diz Menandro. "Assim como não trabalhamos apenas com ritmos regionais e trazemos coisas como o afrobeat, não ficamos só neste universo nas letras. Acho que isso está dentro do conceito do Molungo, que sempre teve esses gostos múltiplos", analisa.

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