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A comunidade científica internacional tem manifestado sua insatisfação com a moratória da Conferência da Diversidade Biológica (CDB) às Tecnologias Genéticas de Restrição de Uso, as Gurts, na sigla em inglês. Há uma crítica generalizada por causa da semente terminator, mas existem dois tipos de Gurts, diz a pesquisadora Luciana Di Ciero, do Laboratório de Recursos Genéticos e Biotecnologia Florestal do Departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP. "A terminator é só um dos vários tipos de Gurts", diz.

A pesquisadora explica que há dois grandes grupos desse tipo de tecnologia. O primeiro é dos T-Gurts, aquele em que a semente manipulada expressa as características que se desejam, mas não é estéril. É no outro grupo, o das V-Gurts, que se enquadra a terminator. A semente é tornada estéril para evitar que suas novas características sejam propagadas sem respeitar o direito intelectual de quem as criou.

Para Luciana, essa tecnologia deveria ser considerada e analisada cientificamente caso a caso pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) na ocasião dos pedidos de autorização, observando-se os riscos e os benefícios frente aos objetivos do uso.

Segundo a pesquisadora, o uso da biotecnologia para produzir sementes estéreis seria uma contribuição para a biossegurança. No caso do algodão, que tem espécies silvestres no Brasil, a esterilidade de sementes ou de pólen impediria que fossem produzidos híbridos do eventual cruzamento entre o algodão geneticamente modificado e o algodão convencional.

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