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Derradeiro episódio em português

Os fãs de Harry Potter já podem reservar seu exemplar de Harry Potter e as Relíquias da Morte , informou a editora Rocco. Esta é a sétima e última aventura do bruxo criado pela escritora J. K. Rowling.

Traduzida para 64 línguas, a série já vendeu 325 milhões em todo o mundo. No Brasil, o número é de 2,5 milhões de exemplares.

Harry Potter e as Relíquias da Morte tem lançamento oficial marcado para o dia 10 de novembro. A tiragem será de 400 mil cópias. Somente nos Estados Unidos, em apenas 24 horas, foram vendidos 8,3 milhões de exemplares.

São Paulo – As aventuras do bruxinho Harry Potter começam a frutificar – uma geração de leitores adolescentes que alimentaram o gosto pela leitura a partir da obra da escritora J.K. Rowling já se interessa por outro tipo de história, estimulando uma faixa do mercado editorial que andava esquecida.

Nos últimos dez anos, o setor ganhou novas dimensões, a ponto das editoras criarem selos específicos – a Rocco, por exemplo, já mantém sua coleção Safra XXI há três anos, enquanto a Record lança nesta semana o selo Galeria, que chega às livrarias já com 14 títulos.

"Harry Potter foi um marco, pois descobriu o potencial do público jovem para o próprio mercado editorial", comenta Luciana Villas-Boas, diretora editorial da Record.

"Com isso, percebemos a existência de uma importante faixa de consumidores que também é exigente, especialmente entre 12 e 25 anos." Para ela, os novos leitores não têm mais contato com a obra de Monteiro Lobato, como era tradicional. "Minha filha, por exemplo, que é uma adolescente, acredita que as histórias de Lobato não tratam de assuntos que interessam à sua geração, que é muito mais cosmopolita", afirma Luciana.

O detalhe é, de fato, um diferencial. Vivian Wyler, gerente editorial da Rocco que cuida da Safra XXI, coleção que se prepara para lançar seu 19.º título (Rádio Cidade Perdida, do peruano Daniel Alarcón), acredita que livros sobre o cotidiano exercem um grande poder de atração nos jovens. "São leitores que gostam de avanços tecnológicos, que assistem a Matrix no cinema e que não sentem medo do tamanho dos livros", observa Vivian que, curiosamente, não agrega ao fenômeno Harry Potter tal poder de criar novos leitores – para ela, os interessados pelas aventuras do bruxinho gostam apenas de seus livros ou, no máximo, de histórias semelhantes. "Mas é evidente que os jovens ocupam um novo nicho no mercado."

O procedimento das editoras, portanto, é criar estruturas especializadas. Assim como Vivian cuida da coleção na Rocco, a Record destacou alguns de seus profissionais para cuidar do Galera, como Ana Lima. O selo passou a abrigar, com isso, nomes consagrados na editora como Meg Cabot, Cecily von Ziegesar, Eoin Colfer, Anthony Horowitz, Charles Higson, Justin Somper e outros, todos com expressivas vendagens – Meg Cabot, aliás, é um caso à parte, pois não apenas já vendeu mais de 500 mil exemplares no país como seus fãs são exigentes: cobram o lançamento de mais títulos e ainda reclamam da tradução, o que obrigou, segundo Luciana Villas-Boas, a se tratar com um cuidado único todas as versões de seus textos.

Galera pretende também revelar os novos criadores da literatura para jovens no Brasil e no mundo. Como a obra O Livro Perigoso para Garotos, da dupla Conn e Hal Iggulden, best seller na Inglaterra e nos Estados Unidos, onde chegou ao topo da lista do The New York Times. Ou ainda "Tão Ontem", de Scott Westerfeld, que também freqüentou a lista dos mais vendidos em diversos países. A coleção pretende também abrigar textos de autores brasileiros como Tabajara Ruas, Carlos Heitor Cony e Lya Luft, cujo A Volta da Bruxa Boa já figura nessa primeira fornada de lançamentos. "O projeto prevê o lançamento de cinco livros por mês", anuncia.

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