Uma política holandesa nascida na Somália, que recebeu ameaças de morte depois de fazer um filme criticando o Islã, planeja fazer um segundo filme sobre a postura da fémuçulmana em relação aos gays, segundo reportagens publicadas na quinta-feira.
Ayaan Hirsi Ali, membro do parlamento holandês, escreveu o roteiro do curta-metragem "Submission", sobre a violência contra as mulheres nas sociedades islâmicas, filmado por Theo van Gogh, morto no ano passado por um muçulmano radical nascido em Amsterdã.
Ela tem vivido sob forte vigilância desde que o filme foi exibido. Ele conta a história fictícia de uma jovem muçulmana que é obrigada a se casar com um homem que a agride. Ela também é estuprada pelo tio e depois é punida por se apaixonar por outro homem.
A agência "ANP" disse que Hirsi Ali terminou o roteiro de "Submission 2" e que atores e diretores já a tinham procurado para trabalhar com ela no filme. A agência também informou que o filme sairia sem créditos.
"Vou olhar para a posição dos gays no Islã. No filme, eles são chamados de criaturas de Alá", escreveu o jornal "Volkskrant" citando declarações de Hirsi Ali.
A posição do Islã sobre a homossexualidade se tornou foco de discussão na Holanda, quando o político antiimigração Pim Fortuyn, assumidamente gay, acusou o Islã de ser homofóbico. Fortuyn foi assassinado por um ativista dos direitos dos animais em 2002.
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