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A Índia não quer garotas esquálidas desfilando nas passarelas e atuando como modelos para milhares de meninas que estão sem comer em busca de um perfil esbelto, disse o ministro da Saúde indiano.

O comunicado do ministro foi feito depois da decisão inédita, tomada por organizadores de moda em Madri este mês, de banir modelos muito magras dos desfiles, dizendo que desejavam projetar uma imagem de beleza e saúde, não de um visual esquelético.

Segundo Anbumani Ramadoss, muitas garotas nas cidades do país estão sofrendo de osteoporose devido à dieta insuficente, disse o jornal "The Times".

- A Índia enfrenta os dois problemas: obesidade e osteoporose. Apesar de a maioria sofrer de obesidade, o número de garotas passando fome para se tornar magras como as modelos também está subindo consideravelmente - disse o ministro, segundo o jornal.

A osteoporose é uma diminuição na massa e na densidade óssea que aumenta o risco de fraturas. Uma dieta fraca em cálcio acelera o processo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que a Índia possui 57 milhões de crianças subnutridas com menos de cinco anos, de um total de 146 milhões no mundo. Mas, ao mesmo tempo, a classe média crescente do país está sofrendo de doenças típicas do Ocidente, de obesidade à anorexia.

- A decisão de Madri, espero, fará com que as garotas se preocupem mais em ser saudáveis e magras do que desnutridas e macérrimas - disse Ramadoss.

A decisão espanhola foi seguida pelo pedido da secretária de Cultura da Grã-Bretanha, Tessa Jowell, ao organizadores da semana da moda de Londres para que proíbam as modelos esquálidas de desfilar.

Desde 1994, quando as modelos indianas Sushmita Sen e Aishwarya Rai se tornaram a Miss Universo e a Miss Mundo, respectivamente, programas de moda e de modelos tornaram-se uma mania para milhões de garotas indianas.

A Índia possui diversos programas de moda importantes, e os canais de televisão regularmente veiculam imagens de modelos muito magras e com trajes sumários.

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