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Uma coalizão de ONGs ambientalistas internacionais nesta sexta-feira cobrou dos governos de todos os países, durante a COP8, a destinação de mais dinheiro para a criação e manutenção de áreas de proteção ambiental. Segundo estimativas do Greenpeace, seria preciso investir US$ 25 bilhões por ano, em todo o mundo, para se criar uma rede global de unidades de conservação que garantisse a preservação dos ecossistemas ameaçados. No entanto, apenas US$ 7 bilhões anuais (28% do dinheiro necessário) estariam sendo destinados para áreas protegidas, dos quais somente US$ 3 bilhões são recursos investidos pelo Fundo das Nações Unidas para o Meio Ambiente (GEF), disse o diretor de campanhas do Greenpeace brasileiro, Marcelo Furtado.

Enquanto isso, denuncia o conselheiro de políticas florestais do Greenpeace Internacional, o alemão Martin Kaiser, destina-se dinheiro a atividades que causam danos ao meio ambiente. No mundo inteiro, os subsídios governamentais para a agricultura, indústria e mineração somam US$ 29 bilhões por mês, mais que o necessário para proteger ecossistemas em risco por um ano.

Os ecologistas ainda alertaram que o mundo corre o risco de ter ainda menos investimentos em preservação. Kaiser disse que os Estados Unidos, maiores financiadores do GEF, estão reduzindo significativamente o aporte de dinheiro ao fundo – de US$ 107 milhões em 2004 para US$ 80 milhões no ano passado e US$ 56 milhões em 2006 –, o que poderia incentivar outras nações a fazer o mesmo.

O Greenpeace ainda propôs a criação de um imposto internacional para financiar a proteção ambiental. O tributo, de acordo com a ONG, poderia incidir sobre o comércio internacional de madeira, sobre o uso de derivados de petróleo ou sobre movimentações financeiras entre os países.

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