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Apresentação de M. Shadows, do Avenged Sevenfold | Antonio Lacerda / EFE
Apresentação de M. Shadows, do Avenged Sevenfold| Foto: Antonio Lacerda / EFE
  • O Slayer

A veterana banda inglesa Iron Maiden foi a encarregada de encerrar a edição deste ano do Rock in Rio, após sete dias de shows, e o fez como atração principal da noite mais "heavy" do festival, que também contou com grupos como Slayer, Avenged Sevenfold e Destroyer.

Da mesma forma que na quinta-feira, quando a atração principal foi Metallica, a Cidade do Rock foi tomada na noite deste domingo e madrugada de segunda-feira por 85 mil presentes, a grande maioria vestida de preto, com tatuagens, vestindo camisetas temáticas e longas cabeleiras, e mostrando seu gosto por tudo o relacionado ao metal.

Em um dia dedicado a variações como o heavy metal, o trash metal, o death metal e o power metal, as tatuagens e as camisetas dominantes eram de Eddie, o mascote sinistro do Iron Maiden.

Rio foi para Iron Maiden outra escala de sua turnê mundial "Maiden England", na qual faz uma nova leitura do álbum "Seventh Son of a Seventh Son" (1988), um dos mais experimentais desta banda que completa 40 anos em 2015 e que atuou nas edições do Rock in Rio de 1985 e de 2001. Na terça-feira, a banda desembarca em Curitiba, para fazer show no Bioparque.

As músicas deste álbum dominaram a apresentação, entre as quais "Moonchild", "Can I play with Madness", com as quais o sexteto de Londres iniciou um espetáculo que se caracterizou por uma grande e enérgica correria no palco, respondida por um público que saltou e cantou em quase todas as canções.

Como não podia deixar de sê-lo, o grupo liderado por Bruce Dickinson e que atuou junto a uma projeção de Eddie interpretou os principais sucessos dos discos "The Number of The Beast" (1982) e "Piece of Mind" (1983), sua época mais clássica, como "The Number of the Beast", "The Prisoner", "Run to The Hills" e "The Trooper", assim como "Wasted Years" e "Fear of The Dark".

O Iron Maiden foi precedido pela banda californiana Avenged Sevenfold, em atividade desde 1999 e que teve a difícil missão de manter o ritmo imposto pouco antes pelo Slayer.

Com vários fãs cantando suas músicas, o grupo aproveitou o Rock in Rio para promover o disco que lançou no mês passado, "Hail to The King" (2013).

Além de "Shepherd of Fire", primeira música do disco e com a qual abriu seu show, o grupo, conhecido como A7X e considerado um dos de mais destaque da nova geração do metal, interpretou de seu último álbum "Hail to The King", "This Means War" e "Requiem".

A banda liderada pelo vocalista M. Shadows, em um espetáculo com muitos efeitos especiais e chamas no palco, também tocou os maiores sucessos do disco "Nightmare" (2010), que gravaram com o baterista Mike Portnoy, após a morte prematura de The Rev (2008), como "Buried Alive", "Fiction" e "Nightmare".

A mítica banda Slayer, com 30 anos de carreira e considerada uma das "quatro grandes do trash metal" junto a Metallica, Megadeth e Antraz, "vomitou" no Rio toda sua fúria e suas mensagens sombrias, com o característico som rápido e rico em complexos solos de guitarra e de bateria, assim como em vocais pesados.

Apesar da ausência do guitarrista Jeff Hanneman, que morreu este ano, e do bateria Dave Lombardo, que se separou do grupo, a banda nascida na Califórnia em 1982 repassou sem dificuldades os maiores sucessos de sua carreira, desde as músicas precursoras do trash metal do lendário disco "Show No Mercy" (1983), como "Die by The Sword", até as principais músicas de seu último álbum, "World Painted Blood" (2009), com a qual abriu sua apresentação.

A fúria da voz de Tom Araya e os solos de guitarra de Kerry King em clássicos do metal como "Discipline", "War Ensable" e "Raining Blood", foram comemorados por um público que abriu várias rodas na Cidade do Rock para dançar a seu modo tradicional.

Após terminar o show com "Angel of Death", uma das mais pedidas por seus fãs, Araya usou seu celular para fotografar o público que o aplaudia e ao qual agradeceu em português.

Os shows no palco principal foram abertos pela banda brasileira de hard rock Kiara Rocks, sobre a qual havia uma grande dúvida devido a ser pouco conhecida, mas que terminou surpreendendo com suas músicas próprias, como "Sinais Vitais", "Falso Alarme" e "Nada a Perder", e com a interpretação de clássicos do heavy.

Além de pôr o público para pular energicamente, o líder do grupo de São Paulo, Cadu Pelegrino convidou para o palco o veterano cantor Paul Di'Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden, que, acompanhado pelo Kiara Rocks, levou o público ao êxtase ao interpretar temas lendários como "Highway to Hell" (AC/DC), "Blitzkrieg Bop" (Ramones) e "Wrathchild" (Iron Maiden).

No palco Sunset o grupo alemão Helloween, um dos pioneiros do power metal, tocou junto ao guitarrista Kay Hansen, que ajudou a fundar a banda em 1984, mas que a abandonou em 1989.

Também no Sunset tocaram juntos Krisiun, o mais representativo do death metal do Brasil, com a alemã Destruction, uma das precursoras desse gênero.

Um dia antes do fim do Rock in Rio 2013, o empresário Roberto Medina, proprietário da marca, confirmou que a edição de 2015 será realizada novamente no Rio de Janeiro, a cidade brasileira em que o festival nasceu em 1985.

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