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Às vésperas de completar cinco anos, o ataque terrorista de 11 de setembro ganha uma leitura no mínimo curiosa de um escritor brasileiro. Piloto amador e fascinado por aviões, Ivan Sant'Anna pesquisou durante três anos os bastidores do planejamento e execução do atentado que derrubou o World Trade Center, em Nova York, e agora lança um livro.

Em "Plano de ataque", que acaba de chegar às livrarias pela editora Objetiva, Sant'Anna conta como os pilotos suicidas foram recrutados, que treinamento receberam nas montanhas do Afeganistão, como viveram secretamente nos Estados Unidos e o que aconteceu durante os vôos daquela manhã que o mundo não vai esquecer. São histórias por trás das histórias que o escritor descobriu em sites, livros, documentários e anotações.

No texto não há nada de ficção, apenas alguns diálogos entre integrantes da Al-Qaeda, mesmo assim para explicar melhor algumas situações. A linguagem é de um livro de suspense, explica o escritor. Ele reconstitui episódios ainda pouco conhecidos do drama humano dos terroristas e também das suas vítimas. Ele dá detalhes de como e por onde Mohamed Atta, Marwan al Shehhi, Hani Hanjour e Ziad Jarrah - os homens que, após o assassinato dos pilotos, assumiram os comandos dos quatro vôos - entraram nos EUA.

- Descobri como, e em que lugares, aprenderam a pilotar. E como elaboraram, e sincronizaram, seus ataques - diz Ivan. - Li as biografias dos mortos, estudei as histórias dos sobreviventes, subi, com os bombeiros de Nova York, as escadas das Torres Gêmeas, embarquei em cada um daqueles quatro vôos e me debrucei sobre as telas dos radares dos Centros de Controle da Costa Nordeste americana.

Para Sant'Anna, "Plano de ataque" se diferencia de outros livros publicados sobre o 11 de setembro por tratar de "tudo um pouco". A maioria dos livros publicados sobre os atentados são apenas sobre as Torres Gêmeas, ou sobre a história da Al-Qaeda, ou sobre os bombeiros de Nova York.

- Muitos dos livros sobre o 11 de setembro fazem juízo de valor o tempo todo. Eu me limito a narrar, como se estivesse escrevendo um thriller, o que aconteceu. Não faço juízo de quase nada.

Além das pesquisas, o escritor fez várias entrevistas. A principal delas com Deena Burnett, viúva do passageiro Tom Burnett, do vôo 93.

- Deena foi a pessoa que mais conversou (quatro vezes) por telefone, com os aviões seqüestrados.

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