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Banda The Killers foi o destaque da noite desta sexta-feira (29) no Lollapalooza | Cambria Harkey / Divulgação Lollapalooza
Banda The Killers foi o destaque da noite desta sexta-feira (29) no Lollapalooza| Foto: Cambria Harkey / Divulgação Lollapalooza

Chuva, frio, filas, desorganização generalizada, lama e cocô de cavalo... o primeiro dia do festival Lollapalooza, nesta sexta-feira (29), no Jockey Club de São Paulo, por pouco não foi um retumbante fiasco. Já na entrada, os fãs que escolheram retirar seus ingressos na bilheteria – assim como os que foram comprá-los na hora – tiveram que enfrentar filas enormes e desorganizadas. Muitas pessoas levaram mais de duas horas para conseguir entrar no Jockey.

Lá dentro, mais dor de cabeça: filas insanas e muita espera para comprar as fichas de consumação (chamadas de "pillas") – por incrível que pareça, muitos caixas demoravam para atender porque as tais pillas estavam em falta, ou porque não havia troco; nos banheiros químicos (imundos, sem papel higiênico), muita muvuca e demora. Para completar, a chuva fina que caiu à noite transformou boa parte do espaço entre os palcos num imenso lamaçal – sem falar no convidativo cheiro de estrume de cavalo que tomava conta do ambiente.

Como se não bastasse toda a desorganização, o desconforto e a falta de estrutura, a direção do Lollapalooza ainda causou protestos ao se recusar a trocar as "pillas" não utilizadas nesta sexta por fichas dos outros dias do festival (hoje (sábado) e amanhã (domingo)) – e nem por dinheiro. E ainda por cima encerrou a venda de comida e bebida pouco depois das 23 horas. Ou seja: às 23h30, quem ainda tinha fichas do primeiro dia não podia mais consumir, nem trocá-las pelas pillas dos dias seguintes ou ter o dinheiro de volta. Depois de muita discussão e jogo de empurra, só quem insistiu muito e ameaçou acionar o Procon e o Ministério Público é que conseguiu ter as fichas trocadas.

Os shows

Pelo menos duas bandas norte-americanas amenizaram o sofrimento dos espectadores do primeiro dia: o Cake, que fez um show envolvente, em que não faltaram os hits "I Will Survive" e "Never There"; e o The Killers, que encerrou a noite com um show arrebatador, cheio de sucessos, efeitos especiais, som e luz impecáveis e músicos inspirados. Bem-humorado, com sua voz cristalina a todo vapor, Brandon Flowers levou a multidão à loucura ao som de hinos alternativos como "Mr. Brightside", "Somebody Told Me", "When You Were Young", "Human" e "Miss Atomic Bomb".

Os veteranos do Flaming Lips, por sua vez, deixaram um pouco a desejar. Apesar da boa qualidade do som, dos efeitos visuais impactantes e da cenografia caprichada, a banda fez um show arrastado, e deixou de fora praticamente todas as suas músicas mais conhecidas. Cantando a maior parte do tempo de dentro de uma espécie de "gaiola" luminosa, o vocalista Wayne Coyne parecia mais preocupado com os muitos aviões que sobrevoavam o Jockey Club do que em agradar a plateia.

Como registro, vale dizer que quem esteve na tenda eletrônica durante a apresentação do DJ e produtor canadense Deadmau5 afirma ter se divertido muito.

Agora resta às bandas de hoje, encabeçadas por Two Door Cinema Club, Queens of the Stone Age, Franz Ferdinand e Black Keys, diminuir a má impressão do primeiro dia do festival.

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