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 | Francisco Gusso/Reprodução
| Foto: Francisco Gusso/Reprodução

Contos

LAMA – Antologia I

Vários autores. Organização de Fabiano Vianna. Máquina de Escrever, 208 págs. R$ 30.

Revistas

A LAMA vem se fixando no imaginário literário da cidade com produção independente:

• LAMA 1

Lançada em outubro de 2009, a revista está esgotada. Além de Fabiano Vianna, contou com conselho editorial de Luiz Felipe Leprevost e Daniel Gonçalves. "O principal desafio sempre é encontrar maneiras alternativas de juntar a grana para pagar a impressão, distribuição e venda dos exemplares", diz Vianna.

• LAMA 2

Com nomes de peso, como Ana Paula Maia, André de Leones e Dalton Trevisan, a segunda edição da revista, impressa em junho de 2011, trazia ilustrações de Tati Ferrigno, Renato Faccini e André Ducci.

  • Publicação curitibana traz apurado trabalho gráfico de ilustradores como Francisco Gusso e André Ducci

Em tempos de futebol como monotema, nada mais singular e atípico do que o lançamento de um livro de contos pulp, gênero voltado à literatura de horror, suspense, ficção científica e realismo fantástico (ou, em alguns casos, ao trashão mesmo).

Foi o que fez o ilustrador e designer Fabiano Vianna, ao lançar LAMA – Antologia I, coletânea de textos originalmente publicados no site (www.revistalama.com.br) e nas duas versões impressas da revista. Com a proposta de trazer este universo peculiar ao mercado editorial local – e toda a gama possível de monstros marinhos e insetos gigantes –, ele reuniu quase cinco anos de produção.

"Curitiba é perfeita para este tipo de proposta, uma cidade vampírica, de Dalton Trevisan e de Valêncio Xavier, o fantástico Frankenstein curitibano", afirma Vianna.

Pulp fictions

As revistas pulp, ou pulp fictions, surgiram nos Estados Unidos e foram muito comuns entre 1920 e 1950. O termo surgiu por conta da qualidade baixa de impressão, a partir de técnicas pitorescas de extração de "polpa" da madeira. O papel era frágil e amarelava muito. Em contrapartida, o custo era de centavos, sem grandes ambições. Logo a plataforma se popularizou e cativou escritores renomados, como Isaac Asimov, Ray Bradbury e H. P. Lovecraft.

Vianna não nega que os críticos geralmente torcem o nariz ao gênero. "A literatura pulp é vista como uma subliteratura, o que é um engano." Entretanto, ele alega que, à margem das censuras, as coisas andam bem. "Nunca tivemos tanto espaço. É um reflexo das ofertas cinematográficas, HQs e séries de tevê. As livrarias também vendem muito. É animador."

No celular

O caprichado livro traz nomes conhecidos no cenário literário nacional, como Luiz Bras, Paulo Biscaia Filho e Luiz Felipe Leprevost. Também merece destaque o conto de Assionara Souza, que vem, de tempos, construindo sólida carreira. Na parte gráfica, o livro conta com trabalhos, entre outros, de André Ducci, Foca Cruz, Daniel Gonçalves e Theo Szczepanski.

"Em breve publicaremos a segunda antologia e criaremos um aplicativo para celular com atualizações dos contos publicados no site", completa Vianna.

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