• Carregando...

Grandes SímiosWill Self(Tradução de José Rubens Siqueira. Alfaguara, 406 págs., R$ 59,90). Romance.

Integrante da leva de lançamentos que marca a estréia do selo editorial Alfaguara, lançado no Brasil pela Objetiva em colaboração com o grupo espanhol Santillana, Grandes Símios é uma espécie de cruzamento entre Planeta dos Macacos e A Metamorfose. Na história, o pintor Simon Dykes acorda certo dia e vê, estupefato, que sua namorada se transformou em um macaco com apetite sexual incontrolável. Mais tarde, descobre que todos a sua volta de tornaram símios. Convencido de que não faz parte dessa realidade – de que não é um macaco –, termina internado em um hospital psiquiátrico. Obra é mais um dos delírios de Will Self, autor britânico de Minha Idéia de Diversão.

Trópico de CâncerHenry Miller(Tradução de Beatriz Horta. José Olympio Editora, 294 págs., R$ 40). Romance.

"Estou morto apenas espiritualmente. Fisicamente, estou vivo. Moralmente, sou livre. O mundo de onde saí é uma jaula. Amanhece um novo mundo, um mundo de selva onde os espíritos descarnados rondam com garras afiadas. Se sou uma hiena, sou descarnada e esfomeada: sigo em frente para engordar." Quando escreveu essas palavras em Trópico de Câncer, Henry Miller (1891 – 1980) havia experimentado uma espécie de epifania ao deixar os EUA e um casamento frustrado para viver a liberdade criativa e sexual da Paris no início do século 20, sobretudo ao lado da escritora Anaïs Nin. Publicado pela primeira vez em 1934, romance inscreveu o nome de seu autor na literatura para sempre.

Gato Preto em Campo de NeveErico Verissimo(Companhia das Letras, 504 págs., R$ 55). Biografia.

Orson Welles lançou o filme que mudaria sua vida – e pelo qual venceria o Oscar de roteiro original –, Cidadão Kane, em 1941. No mesmo ano, o escritor Erico Verissimo (1905 – 1975) teve a chance de conhecer os EUA – e o próprio Welles – em viagem bancada pelo programa de Boa Vizinhança do governo americano. Sua intenção era "ver pessoas e coisas". Do primeiro grupo, se destacam os escritores Thomas Mann e Somerset Maugham, além de Walt Disney e até o diretor Alfred Hitchcock. Verissimo teve de lidar com a ignorância americana em relação ao Brasil, enquanto lançava seu olhar de romancista, aliado a humor e faro jornalístico, para a cultura e a política da única superpotência mundial.

Veja também
0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]