Laurentino Gomes fala acerca de 1822

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Escrever sobre a Independência do Brasil era quase uma obrigação para o jornalista Laurentino Gomes.

Após publicar 1808, livro sobre a transferência da família real portuguesa para o Brasil, os leitores cobravam a continuação da história.

"Como uma coisa está intimamente relacionada com a outra, pensei que poderia fazer um olhar mais panorâmico do processo de Independência", diz ele.

O resultado é 1822, que serviu de tema para um debate durante o último fim de semana na Bienal do Livro de São Paulo. A obra deve chegar às livrarias justamente no dia 7 de setembro.

Desta vez, Gomes cobre o período entre 1821, data do retorno de dom João a Lisboa, e 1834, ano da morte de dom Pedro 1º.

"Tentei dar uma dimensão humana a dom Pedro. Ele é fascinante. Com 23 anos fez a Independência e se viu obrigado a tomar decisões importantíssimas’’, resume ele.

Desde a publicação de 1808, há três anos, muita coisa mudou na vida de Laurentino. Lançado pela editora Planeta, o livro já vendeu mais de 600 mil exemplares.

O sucesso permitiu que ele abandonasse o emprego na editora Abril, onde trabalhou por 22 anos, para dedicar-se apenas à carreira de escritor.

Criou então um site, DVD e uma versão juvenil do livro. Iniciou também uma série de palestras pelo país.

"Certa vez fiz uma em Mossoró [RN], debaixo de uma lona de circo’’, relembra.

Editado pela Nova Fronteira, 1822 também terá divulgação multimídia. Em seu Twitter, Laurentino vem postando microrresumos do primeiro capítulo do livro.

"É um erro achar que basta fazer um bom livro e botar na livraria. O autor tem que botar o pé na estrada, ir ao encontro do leitor", diz.

Serviço: 1822, de Laurentino Gomes. Nova Fronteira, 372 págs., R$ 44,90. Lançamento previsto para o dia 7 de setembro.