Mary Badham e Gregory Peck em cena do filme de 1962.| Foto: Divulgação

A atriz que levou Scout Finch à vida no filme ganhador do Oscar há mais de 50 anos espera que o controverso novo romance de Harper Lee, “Go Set a Watchman”, se tornará um marco nas aulas de literatura, assim como seu querido predecessor.

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Mary Badham, que tinha 10 anos quando atuou como Scout na adaptação de 1962 do livro de Lee “To Kill a Mockingbird” (O Sol é Para Todos), disse para uma plateia lotada em uma leitura em Manhattan, na terça-feira, que acha que leitores vão aprender muito com o novo livro. Perguntada se acha que “Watchman” será ensinado nas escolas, Badham disse: “Certamente espero que sim.”

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Escrito antes de “Mockingbird”, “Watchman” se passa 20 anos depois, na década de 1950. O livro retrata o advogado Atticus Finch, visto como um símbolo de tolerância em face do racismo sulista em “Mockingbird”, como um fanático que se opõe à desagregação e já participou de um encontro da Ku Klux Klan.

“Acho que é tão oportuna para agora. ‘Mockingbird’ veio em um momento perfeito para nosso país. Permitiu-nos a capacidade de discutir assuntos de forma racional e inteligente”, disse Mary, de 62 anos.

O romance, publicado na última terça-feira (14), foi colocado à venda um mês após um atirador, identificado pelas autoridades como um homem branco de 21 anos, matar nove negros em Charleston, na Carolina do Sul. O massacre iniciou um debate nacional sobre o uso da bandeira de batalha dos Confederados, que historicamente se associa com a escravidão.