Em 2008, embalada pelas promessas eleitorais do candidato democrata Barack Obama, Lauren Groff, 37 anos, foi de porta em porta na vizinhança onde mora, em Gainesville, no Estado americano da Flórida, pregar sua palavra. Sete anos depois, ela entrou em parafuso quando o agora presidente dos Estados Unidos elegeu seu terceiro romance como o melhor de 2015 na revista “People”.
“Descobri pelo Twitter. Não soube como reagir, chorei, contei para o meu marido, saímos e compramos champanhe”, conta a autora.
Em “Destinos e Fúrias”, a autora narra a vida de Lancelot e Mathilde. Grandiloquente, a começar pelo nome, Lotto, como é apelidado, é alto, bonito, solar, com a altivez dos bem-nascidos. Ela, também bela, é sisuda, magnética e algo escabrosa.
O livro é dividido em duas partes. A primeira, sob as lentes de Lotto, é uma ode à união extraordinária entre o jovem dramaturgo e sua mulher benevolente. A segunda, sob olhar de Mathilde, um rasgar violento das costuras do suposto idílio conjugal.
“Casar foi a melhor decisão que já tomei, mas sou ambivalente quanto à instituição em si, enraizada na misoginia e no papel social subserviente atribuído à mulher”, afirma Lauren. “A versão simplista de um casamento é muito falsa e prejudicial”, diz a escritora.
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