Raduan Nassar foi indicado pelo livro “Um Copo de Cólera”| Foto: Paulo Pinto/Fotos Publicas

Há 30 anos o escritor Raduan Nassar está em silêncio. Mas seu nome continua sendo falado por aí - e cada vez mais. O autor de “Um Copo de Cólera” é um dos 13 escritores escolhidos para o “longlist” - a fase anterior à final - do prêmio Man Booker International 2016. A lista foi anunciada na noite de quarta (9) pela Fundação Man Booker Prize.

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Foram avaliados 155 obras de todo o mundo. A inclusão de Raduan na seleção semifinal ocorre dois meses depois de sua obra chegar pela primeira vez ao público de língua inglesa. Em 7 de janeiro, a Penguin do Reino Unido lançou, ao mesmo tempo, as traduções de “Lavoura Arcaica”, por Karen Sotelino, e “Um copo de Cólera”, por Stefan Tobler - ambos pela prestigiosa coleção Penguin Contemporary Classics.

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Na época, Luiz Schwarcz, diretor do grupo Companhia das Letras, por onde seus títulos saíram no Brasil, comentou que Raduan “tentou boicotar de toda forma as edições [em inglês]. Reclamava da capa, do contrato...”.

Na mesma época, saiu a primeira tradução em espanhol de “Um Copo de Cólera”, feita por Juan Pablo Villalobos para a mexicana Sexto Piso. Villalobos trabalha ainda numa nova tradução de “Lavoura” para o idioma, a sair em 2017. A última é de 1982.

O prêmio é de 50 mil libras (cerca de R$ 261 mil), a ser dividido entre autor e tradutor.

Obras, autores e tradutores na fase semifinal:

“A Cup of Rage” (“Um Copo de Cólera”), de Raduan Nassar, com tradução de Stefan Tobler

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“A General Theory of Oblivion” (“Teoria Geral do Esquecimento”), de José Eduardo Agualusa, com tradução de Daniel Hahn

“The Story of the Lost Child” (sem tradução no Brasil), de Elena Ferrante, com tradução de Ann Goldstein

“The Vegetarian” (“A Vegetariana”), de Han Kang, com tradução de Deborah Smith

“Mend the Living” (sem tradução no Brasil), de Maylis de Kerangal, com tradução de Jessica Moore

“Man Tiger” (sem tradução no Brasil), de Eka Kurniawan, com tradução de Labodalih Sembiring

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“The Four Books” (sem tradução no Brasil), de Yan Lianke, com tradução de Carlos Rojas

“Tram 83” (sem tradução no Brasil), de Fiston Mwanza Mujila, com tradução de Roland Glasser

“Ladivine” (sem tradução no Brasil), de Marie NDiaye, com tradução de Jordan Stump

“Death by Water” (sem tradução no Brasil), de Kenzaburo Oe, com tradução de Deborah Boliner Boem

“White Hunger” (sem tradução no Brasil), de Aki Ollikainen, com tradução de Emily Jeremiah e Fleur Jeremiah

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“A Strangeness in My Mind” (sem tradução no Brasil), de Orhan Pamuk, com tradução de Ekin Oklap

“A Whole Life” (sem tradução no Brasil), de Robert Seethaler, com tradução de Charlotte Collins