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A Universidade do Texas dará início em junho próximo a digitalização de mais de 24 mil páginas do arquivo do Prêmio Nobel de Literatura colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), e o disponibilizará online, informou à AFP a diretora do projeto.

O Centro Harry Ransom da Universidade do Texas desenvolverá o projeto – denominado “Compartilhando ‘Gabo’ com o mundo” –, após obter uma bolsa de US$ 126,7 mil do Conselho sobre Bibliotecas e Recursos Informativos, uma organização não governamental.

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“Ficamos muito contentes com o interesse mundial que as pessoas demonstram por esta coleção”, disse à AFP a diretora de digitalização do centro, Elizabeth Gushee.

A família de García Márquez deu luz verde ao projeto, que publicará o conteúdo na Internet, apesar de estar protegido por leis autorais, um caso incomum para os pesquisadores e o único do tipo no Centro Harry Ransom, disse Gushee.

A família do autor, que transferiu o arquivo à Universidade do Texas em 2014 sem que o montante tivesse sido informado, “foi muito receptiva, muito interessada em fazer isto”, acrescentou.

O arquivo pessoal de García Márquez abrange dezenas de caixas com fotos, originais datilografados de seus romances e contos, e rascunhos com correções do próprio punho do escritor falecido aos 78 anos, em abril de 1978, na Cidade do México.

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Entre 24 mil e 25 mil imagens desta profícua coleção, que abarca documentos de 1950 a 2013, serão transferidas à web após o trabalho de 18 meses de digitalização e classificação feito por Gushee e outros três especialistas.

Trata-se de uma “porção significativa” de todo o arquivo do autor colombiano que estará online e acessível para acadêmicos, estudantes e o público em geral.

A digitalização abarcará os manuscritos de sete romances do escritor, inclusive o premiado “Cem Anos de Solidão”-, algumas fotos e um caderno no qual preparava um livro sobre o embargo americano a Cuba.

O site também incluirá o rascunho do discurso que Márquez deu ao aceitar o prêmio Nobel de Literatura em 1982, que desde então se conhece como “A solidão da América Latina”.

O arquivo de García Márquez foi aberto oficialmente em outubro em um simpósio sobre sua obra, que contou com personalidades como a mexicana Elena Poniatowska e o britânico Salman Rushdie.

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