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Na noite do próximo sábado (13), as portas do cemitério da Consolação, em São Paulo, estarão abertas para sete vampiras, duas ninfas e um homem enforcado.A mostra de filmes de terror Cinetério exibirá ali três clássicos brasileiros do gênero: "Ninfas Diabólicas" (1978), de John Doo, "Excitação" (1977), de Jean Garrett, e "As Sete Vampiras" (1986), de Ivan Cardoso.

As obras serão projetadas num telão fixado num dos corredores do cemitério da região central, em cópias de 35 mm. O evento, organizado pela Cinemateca e pelo Cine Olido, de São Paulo, faz parte da programação do MCI (Mês da Cultura Independente), festival que vai até o próximo dia 28 na cidade.

Os três longas retratam estilos que marcaram o cinema brasileiro de terror, "gênero hoje pouco conhecido no país, mas muito variado", segundo Rafael Carvalho, um dos organizadores do Cinetério.

De Doo e Garrett, que circularam pelo polo cinematográfico da Boca do Lixo entre os anos 1960 e 1980, há filmes de terror mais psicológico. "Ninfas Diabólicas" se passa numa casa de praia assombrada pelo espírito de um enforcado. "Excitação" traz elementos de erotismo, ao estilo de algumas produções da Boca.

Já "As Sete Vampiras" descamba para o terrir, gênero que mistura o horror e a comédia, marca do diretor Ivan Cardoso. "É uma chanchada hitchcockiana'", diz Carvalho. "Recupera as comédias cariocas dos anos 1940, mas com elementos de terror."

"Roger Corman [cineasta americano de terror cult] disse que a planta carnívora desse meu filme era melhor que a do filme dele. Tenho isso gravado", afirma Ivan Cardoso sobre o diretor americano de "A Loja dos Horrores" (1960).

Cardoso, que não roda um filme desde 2005, "porque não são aprovados nos editais", diz achar "ótimo" que seu filme favorito passe num cemitério. "Os mortos são melhores do que alguns vivos."

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