Los Angeles - Mais de dois anos depois da parada cardíaca que matou Michael Jackson, o médico que o atendia começou a ser julgado ontem pela acusação de homicídio culposo. O julgamento de Conrad Murray deve revelar ao público como foram os últimos dias do "rei do pop", que na época tinha 50 anos e ensaiava para uma série de shows com os quais pretendia relançar sua carreira, abalada por acusações depois retiradas de pedofilia apresentadas em 2005. A decisão do júri só deverá ser anunciada no fim do mês de outubro.
O julgamento teve início com a apresentação de uma gravação da voz do cantor, no qual ele parece delirar por causa de remédios, de acordo com a promotoria. A gravação foi feita no iPhone de Murray, em 10 de maio de 2009, com Jackson repetindo algumas palavras e dizendo coisas sem sentido.
Segundo David Walgreen, o promotor da acusação, a gravação prova que Murray sabia das condições precárias de Jackson. O cantor, que chamava propofol de seu "leitinho", estava tomando o medicamento havia dois meses antes de morrer, com doses na veia, aplicadas por Murray, ou via oral.
O coreógrafo Kenny Ortega, encarregado de dirigir os shows que o cantor apresentaria em 2009, foi o primeiro a depor. Paul Gongaware, uma das pessoas que trabalhavam para a empresa que promovia os concertos, a AEG, também deu seu testemunho.
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