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A televisão norte-americana tem verdadeira obsessão por dramas médicos. Não é muito difícil compreender por quê. Hospitais, assim como escolas de ensino médio, universidades e presídios, concentram uma variedade considerável de tipos humanos, cada um com suas mazelas existencias, problemas cotidianos e vícios comportamentais. Somando-se isso ao fato de que médicos e enfermeiros estão sempre no fio da navalha, lidando com o às vezes tênue limite entre a vida e a morte, tem-se uma fórmula eficaz para a boa ficção.

Do já veterano seriado ER, hoje em sua 13.ª temporada, ao ultraprovocativo Nip/Tuck, que explora os bastidores de uma clínica de cirurgia plástica, misturando sexo, vaidade e casos bizarros, o filão médico continua atraindo milhões de espectadores tanto nos Estados Unidos como ao redor do mundo. Nesse gênero dramático, contudo, o maior sucesso da atualidade é, sem dúvida, Grey’s Anatomy, que acaba de vencer o Globo de Ouro de melhor série dramática e é exibida no Brasil pela Sony Entertainment Television.

Às vésperas da estréia da terceira temporada no Brasil (prevista para 5 de favereiro), estão chegando às lojas e locadoras duas caixas (com três discos cada) incluindo os episódios do segundo ano da série, que acabaram por consolidar Grey’s Anatomy entre os programas mais populares nos EUA, onde está na grade da rede ABC, a mesma que também exibe os hits internacionais Lost e Desperate Housewives.

Uma das explicações para o êxito espectacular da série é sua originalidade. Apesar de ter o ritmo por vezes vertiginoso da narrativa de ER, assim como o mesmo cuidado com o detalhamento científico dos casos médicos inseridos nas tramas, o grande diferencial da série é mesmo seus personagens. A começar pela protagonista.

A residente em cirurgia Meredith Grey (Ellen Pompeo), bonita, talentosa, mas um tanto neurótica, decide dar continuidade a sua formação em um hospital de Seattle, do qual sua mãe, hoje com doença de Alzheimer, foi uma das médicas mais respeitáveis. Além de ter que enfrentar as inevitáveis comparações e cobranças decorrentes de seu sobrenome ilustre, Meredith tropeça em um contratempo amoroso inesperado. Envolve-se amorosamente com um de seus futuros superiores: o neurocirurgião Derek Shepherd (Patrick Dempsey). Algo que contraria o código ético da instituição.

No final da primeira temporada, Meredith descobre que Shepherd é casado e atravessa uma crise conjugal com a mulher, a também médica Addison (Kate Walsh), que se transfere de Nova Iorque para Seattle. No segundo ano da série, Meredith terá de lidar com o assunto, enfrentando revezes tanto sentimentais quanto profissionais que a jogarão no limte. Só que ela não vai sozinha

Além da heróina, a equipe de residentes em cirurgia conta com um time de personagens tão fascinantes quanto complicados: a super-ambiciosa Christina (Sandra Oh), uma descendente de coreanos que também se envolve com um chefe, Preston Burke (Isaiah Washington); o tímido e romântico George O’Malley (T. R. Knight), apaixonado por Meredith; o mulherengo e cínico Alex Karev (Justin Chambers); e a ex-modelo de origem humilde Izzie Stevens (Katherine Heigl). Na chefia, a impagável e implacável Miranda Bailey (Chandra Wilson), também conhecida por Dra. Nazi – o apelido já diz tudo.

Engraçado, tocante e, acima de tudo, escrito com maestria, Grey’s Anatomy merece toda a atenção que vem recebendo. Está entre os melhores programas atualmente no ar na televisão. GGGG

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