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O visitante mais atento para expsoições de arte vai se deliciar com a nova exposição que o Museu Oscar Niemeyer - MON, recebe nesta terça-feira (12): "Coleção Gilberto Chateaubriand: Um Século de Arte Brasileira". A visita à nova mostra poderá ampliar a leitura da exposição "Arte Moderna em Contexto", inaugurada no MON no final de novembro, que reúne 73 obras da coleção ABN Amro e representam o desenvolvimento da arte moderna no Brasil.

Coleção

Gilberto Chateaubriand, filho do magnata da imprensa Assis Chateaubriand, começou sua coleção de arte em 1954, quando ganhou do pintor paulista José Pancetti a tela "Paisagem de Itapoá". Anos depois, o colecionador faria o que considera uma de suas maiores loucuras: para conseguir "O Vendedor de Frutas", da modernista Tarsila do Amaral, desfez-se de três telas de Di Cavalcanti, algumas outras obras, e de uma considerável quantia de dinheiro. Assim, ao longo de mais de 50 anos, Chateaubriand reuniu cerca de 7 mil obras para compor o que é hoje considerada a maior coleção particular de arte do Brasil.

Uma amostra de 175 peças desse acervo será exibida a partir desta terça, no MON, em Curitiba. A mostra, intitulada "Coleção Gilberto Chateaubriand: Um Século de Arte Brasileira", propõe uma "leitura panorâmica" da coleção, estendendo-se desde os primórdios do modernismo brasileiro até a produção contemporânea dos anos 2000. A seleção conta com obras de Anita Malfatti, Brecheret, Cândido Portinari, Cícero Dias, Beatriz Milhazes, Carlos Zilio, Cláudio Tozzi, Daniel Senise e Antônio Dias, entre muitos outros. O projeto foi concebido para celebrar meio século de acervo e os 80 anos de Gilberto Chateaubriand. Com a demora para conseguir verbas, foi mantida a idéia original de um recorte horizontal da coleção, já que é pouco conhecida fora do Rio de Janeiro.

Na opinião de Fernando Cocchiarale, que integra a equipe curatorial de "Arte Moderna em Contexto" e divide com Franz Manata a curadoria da nova exposição, as duas iniciativas são complementares. "Os acervos cobrem períodos similares. Enquanto um encerra no modenismo, o outro se estende até a arte contemporânea. O público curitibano tem aí a chance de ver um panorama completo da arte brasileira", afirma. A coleção de Chateaubriand também completa algumas ausências fundamentais no acervo ABN Amro ao incluir trabalhos de Tarsila do Amaral, por exemplo.

Confira o roteiro completo de exposições

Serviço: Coleção "Gilberto Chateaubriand: um Século de Arte Brasileira". Abertura nesta terça-feira (12) às 20 horas. Visitas a partir de quarta-feira (13) das 10h às 18 horas. Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999) Tel.: 3350-4400. R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes identificados. Até 4 de março de 2007.

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