Cena de “Canções do Exílio”, documentário produzido por Geneton Moraes Neto| Foto: Canal Brasil/ Divulgação

Geneton Moraes Neto, um dos principais jornalistas brasileiros das últimas quatro décadas, morreu nesta segunda-feira, aos 60 anos. Ele estava internado desde o dia 16 de julho na Unidade de Terapia Intensiva da Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, por causa de um aneurisma na artéria aorta.

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Desde 2006, Geneton trabalhava como repórter especial no canal por assinatura Globonews, onde apresentava o programa Dossiê Globonews. No programa, entrevistava personalidades que participaram da história do Brasil nas áreas política, cultural e econômica.

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Pernambucano, iniciou sua carreira cedo, antes dos 18 anos, no jornal Diário de Pernambuco. Entrou na TV Globo em 1980, onde passou por vários cargos importantes, de editor-chefe do Fantástico a editor-executivo do Jornal da Globo e do Jornal Nacional. Também foi correspondente do jornal O Globo em Londres.

Geneton se destacou principalmente pela profundidade de suas reportagens. Em seu talvez mais importante livro, “Dossiê 50”, entrevistou todos os jogadores titulares da Seleção Brasileira que perdeu o título para o Uruguai em 1950 no Maracanã, criando um pungente retrato da injustiça que muitos sofreram com a derrota.

Além de “Dossiê 50”, Geneton publicou “O Dossiê Drummond: a Última Entrevista do Poeta”, “Dossiê Brasil”, “Dossiê Moscou, “Dossiê História: um repórter encontra personagens e testemunhas de grandes tragédias da história mundial”, “Dossiê Gabeira”, “Hitler/Stalin: o Pacto Maldito” e “Nitroglicerina Pura”.

Nos últimos anos, ele vinha se dedicando aos documentários. Ele produziu “Canções do Exílio”, exibido no Canal Brasil, sobre o período em que Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Mautner viveram em Londres, durante a Ditadura Militar; e “Garrafas ao Mar: a Víbora Manda Lembranças”, sobre o grande repórter Joel Silveira.