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Exposição

Fotolivros Latino-Americanos

Horacio Fernández. Instituto Moreira Salles (R. Piauí, 844 – São Paulo), (11) 3825-2560. Terça a sexta-feira, das 13 às 19 horas, e sábado, domingo e feriado, das 13 às 18 horas. Entrada franca. Até 20 de outubro.

Chegou a São Paulo na semana passada em forma de exposição e livro o resultado de anos de pesquisa do historiador espanhol Horacio Fernández. Em 2007, durante o Fórum Latino-Americano de Fotografia, na capital paulista, nasceu a ideia de reunir publicações fotográficas produzidas no continente. Aberta na sexta-feira, 19, no Instituto Moreira Salles, Fotolivros Latino-Americanos exibe parte do trabalho coordenado por Fernández.

"Essas publicações passavam despercebidas porque se considerava que o importante era ter obras individuais, avulsas. Os fotolivros se parecem mais com o cinema. Nos filmes, há cenas maravilhosas que podem ser gravadas e se tornar um pôster, mas cinema é o filme todo", diz o também curador da mostra.

Entre publicidade, livros políticos e volumes que documentam o crescimento das cidades, o espanhol encontrou na bibliografia fotográfica da América Latina uma forte ligação com a literatura, em particular com a poesia.

Célebres escritores latinos, como o argentino Julio Cortázar (1914-1984) e o chileno Pablo Neruda (1904-1973), fizeram uso de fotografias não apenas como apoio visual, mas também como personagens e parte essencial de algumas de suas obras.

No Brasil, o poeta paulistano Roberto Piva (1937-2010) e o artista plástico Wesley Duke Lee (1931-2010) produziram, em 1963, Paranoia, "um livro que nos dá uma imagem do futuro de São Paulo, uma cidade que ainda não existia. Um lugar sensual, violento, noturno e agressivo em imagens poéticas e fascinantes", explica o curador.

Itinerante

A pesquisa trouxe à tona obras raras e histórias curiosas como as dos fotógrafos chileno Sergio Larraín (1931-2012) e do colombiano Fernell Franco (1942-2006).

Insatisfeitos com a qualidade de suas publicações à época dos respectivos lançamentos, os autores fizeram de tudo para destruir os exemplares que encontravam. A última cópia de El Rectángulo en la Mano, de Larraín, que mais tarde se tornaria membro da prestigiosa agência de fotografia Magnum, foi vendida por US$ 25 mil (R$ 55 mil).

Antes de se tornar exposição, Fotolivros Latino-Americanos gerou um livro (256 págs., R$ 149) que a Cosac Naify editou em parceria com três casas estrangeiras.

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