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| Foto: Emi Hoshi/Divulgação

Cia. do Chá e os retratos íntimos

Curitiba conheceu durante o festival deste ano trabalhos de seis companhias mineiras, selecionadas dentro da mostra Teatro Para Ver de Perto. Entre elas, a Cia. do Chá trouxe A Mudança e Da Ordem das Coisas (foto) – essa última, uma delicada leitura da vida a dois. Uma mulher tenta manter as coisas do apartamento no lugar, mas, assim como a vida, elas não se comportam. Inspirado no Teatro do Absurdo e no pintor norte-americano Norman Rockwell, Vinícius Souza escreveu e dirige com habilidade, fazendo com que xícaras caiam em momentos precisos de tensão. Nos diálogos desconexos do casal, faz um retrato intimista das limitações e do carinho nos relacionamentos.

Interatividade

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A boa repercussão das mostras com curadoria dentro do Fringe indica um caminho cada vez mais claro para trazer um pouco de ordem a este evento paralelo à grade oficial do Festival de Teatro de Curitiba, do qual pode participar qualquer grupo que tenha um número mínimo de integrantes profissionais. Em meio aos mais de 300 espetáculos inscritos, e com valores de ingresso atrativos em relação ao da mostra oficial, é comum o espectador desejar assistir mais peças, mas se sentir numa roleta russa na hora de escolher. Será boa ou não?

VÍDEO: Veja o bate-papo com os coordenadores Michele Menezes e Thiago Inácio

Pelo quinto ano consecutivo, o festival trouxe mostras específicas dentro do Fringe. Apesar de pouco divulgadas, os coordenadores de quatro desses minifestivais, ouvidos pela reportagem, contam ter registrado ótima lotação nos espaços que ocuparam e grande interação entre grupos de diferentes lugares.

No caso das mostras Novos Repertórios e Coletivo de Pequenos Conteúdos, o interesse é apresentar novas companhias locais, como numa vitrine tanto para o público frequentador de teatro quando à crítica especializada.

"Ouvi pessoas de São Paulo comentando que todas as peças da mostra eram boas", diz a produtora Michele Menezes.

Se "olheiros" de televisão vierem, melhor ainda. Há alguns anos, o curitibano Alexandre Nero teria sido visto na peça Os Leões, que integrava a Novos Repertórios, para ser convidado em seguida a fazer trabalhos na Rede Globo.

Participantes de mostras com grupos de fora comemoram a interação com artistas de coletivos diferentes. Chico Pelúcio, do Grupo Galpão, que fez a curadoria ao lado de Leonardo Lessa das peças dos seis grupos mineiros que integraram a mostra Teatro Para Ver de Perto, avalia que, "além de servir como vitrine para os grupos de Belo Horizonte, a mostra serviu para os grupos convidados começarem ações coletivas, como produzir juntos material de divulgação", diz.

"Queremos colocar juntos artistas que tenham potencial para o diálogo e inquietações semelhantes", acrescenta o diretor da Cia. Brasileira de Teatro Marcio Abreu, que escolheu os espetáculos da mostra Na Companhia de...

Alguns artistas sugerem ampliar o número de mostras regionais (além de reservar uma para a promissora cidade de Belo Horizonte, uma gaúcha e uma baiana, por exemplo) – mas o temor é que a proliferação de mostras dilua a especificidade dos trabalhos de pesquisa que procuram apresentar. "A questão é qual o critério da curadoria de cada mostra", salienta Marcio Abreu.

Assista ao bate-papo com os coordenadores das mostras Novos Repertórios, Michele Menezes, e Coletivo de Pequenos Conteúdos, Thiago Inácio:

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Cultura e Lazer | 8:46

Michele Menezes e Thiago Inácio, que coordenaram duas mostras do Fringe, contam sobre as produções, público e expectativas sobre o Festival.

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