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Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz | Divulgação
Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz| Foto: Divulgação

Música é gregária, pa­­ra reunir amigos, fazer conexões, co­­nhe­­cer pessoas.

Essa regra vale tanto para quem frui a audição quanto pa­­ra aqueles que produzem o som. Música é mais do que apenas sons. O disco São Sons, da Música de Ruiz, leva esta regra ao pé da letra e da canção. É disco que reuniu pessoas e é disco que espalha sons e canções. É para ouvir e ler, reunir, escutar no rádio e ser reproduzido por outros músicos.

Este segundo álbum da du­­pla-casal Estrela Ruiz Leminski e Téo Ruiz, gravado no ano passado e só agora lançado pelo selo Sete Sóis e distribuído pela Tratore, é trabalho de opinião, de poesia, de informação, de saudação, de amizade sobretudo. Se não fossem os amigos, talvez ele não existisse.

A lista de músicas é também uma lista de compositores. A dupla central reuniu uma dezena de parceiros, que assinam as composições. Na interpretação, são outras dezenas de músicos comparecendo além da banda central, formada pelo casal e mais Fred Teixeira, Dú Gomide, Érico Viensci e Denis Mariano. Na lista de nomes amigos e parceiros estão, entre outros, André Abujamra, Anelis Assumpção, Ceumar, Renato Villaça, Kléber Albuquerque, Ná Ozzetti, Carlos Careqa, Rogéria Holtz e, é claro, Alice Ruiz.

São Sons é uma produção caprichada musicalmente, graças ao trabalho de Fred Teixeira e Dú Gomide (mais uma vez Dú Gomide envolvido em um bom projeto), que também assinam os arranjos.

Mas o disco também traz a experiência literária de Estrela Leminski. É quase um livro. No encarte, além das boas letras poéticas e por vezes opinativas – como na música de abertura, "Quirera", quase um manifesto musical –, cada canção tem um texto em que os autores comentam os bastidores da criação.

São ao todo 15 canções, como o direito a mais uma faixa-bônus para download. Cada música com seu próprio clima, variando ritmos, arranjos e intérpretes, mas tendo a música nova brasileira como unificadora do projeto. E o que é a música nova brasileira?

Defino como a cantada em português que se utiliza de várias influências, fazendo um mix de tudo e não se prendendo a um só estilo. São sons da Música de Ruiz para o mundo. Raiz e vanguarda, mediada pela amizade e pela qualidade poética e musical. É disco para ter e presentear. Composições para serem espalhadas por muitas vozes. Por vezes alegres, outras melancólicas, algumas de protesto, sempre poéticas. Vamos todos espalhar esses sons. GGGG

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