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Os Paralamas do Sucesso: mais interação entre os músicos marcou processo de composição do novo álbum | Divulgação
Os Paralamas do Sucesso: mais interação entre os músicos marcou processo de composição do novo álbum| Foto: Divulgação

Curitibanos serão os primeiros

Assim como a atmosfera presente no estúdio de Carlinhos Brown, em Salvador, contribuiu para o clima ensolarado das canções de Brasil Afora, Curitiba, segundo João Barone, deve causar influência semelhante na turnê do novo álbum.

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Salvador e Rio de Janeiro estão entre as capitais mais ensolaradas do país. Ambas também oferecem a seus moradores e visitantes belíssimas praias e acidentes geográficos de tirar o fôlego. Não à toa, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone as escolheram como bases para as gravações das canções de Brasil Afora, primeiro disco da banda em quatro anos, que chega às lojas nesta segunda-feira (23).

Composto por 11 músicas inéditas (quem faz o download pago do álbum, disponível na Uol Megastore, ganha uma faixa-bônus) Brasil Afora parece refletir a atmosfera praiana e descontraída de onde foi gravado. Mas a verdadeira origem de tal clima vem de um ambiente um pouco mais restrito: o estúdio Ilha dos Sapos, localizado na casa do músico baiano Carlinhos Brown.

"Não fomos para Salvador atrás de nenhum ritmo baiano, fomos até lá por conta do lugar, que é a‘sala de estar’ da casa do Brown. Ali descobrimos uma vibração bacana, um clima superlegal. Passamos oito dias de trabalho entocados dentro do estúdio, brincando, experimentando, e essa vibe ficou impressa nas canções", explica o baterista João Barone, em entrevista à Gazeta do Povo.

Escritas ao longo das turnês de Hoje (2005) e Paralamas e Titãs: Juntos e ao Vivo (2008) – projeto gravado ao lado da banda paulistana – as canções de Brasil Afora ressuscitaram nos três integrantes um desejo antigo de voltar a trabalhar em conjunto com Carlinhos Brown. Desde a gravação do hit "Uma Brasileira", em 1994, a banda não havia dividido os estúdios com o baiano, oportunidade que surgiu durante os ensaios para a turnê com os Titãs, realizados na Ilha dos Sapos.

"Tínhamos essa vontade de trabalhar juntos de novo, mas, por alguma razão, as coisas não aconteceram nesse período tão extenso. Quis o destino que a gente se reencontrasse com o Brown agora e foi muito frutífero", conta Barone, referindo-se às canções "Sem Mais Adeus" (de Brown e Alain Tavares) e "Quanto ao Tempo" (Brown e Michael Sullivan), registradas no novo disco.

A primeira música de trabalho do novo álbum, "A Lhe Esperar", também trouxe de volta dois antigos amigos do trio – Arnaldo Antunes e o produtor Liminha, autores da canção. "Estamos um pouco mais abertos para parcerias de ontem e de hoje", analisa Barone. Isso também inclui o convite feito ao paraibano Zé Ramalho, que divide os vocais com Herbert Vianna em "Mormaço". "Foi meio que um clique coletivo. Quando fizemos essa música, imediatamente pensamos nele como convidado. Foi uma honra e uma alegria enorme tê-lo conosco cantando essa música, que tem tudo a ver com as origens dele e do Herbert."

Além dos parceiros, outra novidade de Brasil Afora fica por conta do processo de composição das canções, tarefa que, desta vez, não ficou apenas sob o comando do guitarrista e vocalista do trio. "O Herbert continua sendo o cara que traz o discurso da banda e a ideia essencial de tudo o que a gente faz. Mas, nesse disco, podemos dizer que a nossa interação está maior, na medida em que há muitas canções em que as letras são do Herbert, mas a música foi feita pelos três", explica.

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