Axl Rose assume lugar de Brian Johnson para encerrar turnê| Foto: Patricia Torres /URUGUAY

No último sábado (16), o maior temor de muitos fãs do AC/DC se confirmou. Através de comunicado no site oficial, a banda anunciou que Axl Rose, vocalista do Guns N’ Roses, vai mesmo assumir o microfone durante os shows restantes da turnê “Rock Or Bust”, no lugar de Brian Johnson, impedido de se apresentar por razões médicas.

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Na nota, publicada tanto no site da banda quanto na página oficial do grupo no Facebook, a banda agradece a dedicação de Brian Johnson ao AC/DC através dos anos e diz respeitar sua decisão de se afastar para cuidar de problemas auditivos. Logo em seguida, afirma ainda que estão comprometidos em encerrar a turnê em respeito a todos que apoiaram a banda através dos anos, sentindo-se afortunados por Axl Rose amavelmente ter se oferecido para ajudar a manter os compromissos.

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Em sua conta no twitter, Axl se limitou a postar uma mensagem com o raio símbolo do AC/DC, insinuando apenas a sua participação. A estreia do novo frontman deve acontecer no dia 7 de maio, na apresentação agendada no Passeio Maritimo De Alges, em Lisboa. Ao todo são dez apresentações que haviam sido adiadas devido à indefinição de vocalista.

Não é a primeira vez que bandas consagradas precisam recorrer a outros vocalistas para continuar no palco. Relembre alguns outros casos:

Dio no Black Sabbath

A instabilidade natural de Ozzy Osbourne no quesito abuso de drogas e relacionamento com a banda provocou a saída do Madman em 1979, partindo para carreira solo. Depois de testar Dave Walker (Fleetwood Mac) para o posto, o escolhido mesmo foi Ronnie James Dio, que permaneceu até 1982, posteriormente substituído por Ian Gillan (1983), Tony Martin (1987), até a volta do próprio Ozzy em 2011.

Chester Bennington no Stone Temple Pilots

Depois de verdadeiras batalhas jurídicas entre seus membros, o vocalista Scott Weiland já não estava mais em sintonia com a sua banda. Pela segunda vez, em 2013 foi dispensado do posto e quem assumiu foi Chester Bennington, do Linkin Park. Em novembro de 2015 Chester anuncia a saída do grupo. No mês seguinte, após rumores de reconciliação, Weiland morre vitima de overdose enquanto excursionava com sua banda Scott Weiland & the Wildabouts.

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Zélia Duncan e os Mutantes

O retorno dos Mutantes era algo muito esperado pelos fãs. Em 2006, um show dedicado à Tropicália, em Londres, parecia abrir essa porta. Vários shows aconteceram na gringa, porém sem a presença de Rita Lee e do baixista Liminha. Aliás, foi a própria Rita que informou à imprensa de que quem a substituiria seria a cantora Zélia Duncan.

Queen e Adam Lambert

Quem, em sã consciência, se atreveria substituir a lenda Freddie Mercury (morto em 1991) nos vocais do Queen? A resposta é Adam Lambert, que viu essa chance surgir durante sua apresentação no programa “American Idol”, em 2009, que contou com a presença do guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor. O supergrupo se apresentou também no MTV Europe Awards, em 2011, precedida da Queen + Adam Lambert Tour 2012 e diversas apresentações em festivais, incluindo o Rock In Rio 2015. O baixista John Deacon não quis se envolver no projeto.

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Legião Urbana e... Wagner Moura (?)

Outro icônico vocalista difícil de substituir é Renato Russo. A voz do Legião Urbana partiu em 1996, deixando uma lacuna no rock brasileiro. Disputas judiciais a respeito da propriedade do nome da banda também tornavam uma reunião quase impossível de acontecer. Mas aí veio a MTV e, em 2012, colocou no ar um polêmico tributo a Renato Russo com Wagner Moura – sim, o ator – nos vocais. O moço já havia homenageado a Legião cantando um clássico no filme “Homem do Futuro”, o que talvez tenha motivado a escolha. Claro que não dá pra chamar essas apresentações de “retorno”, mas os dois shows mostraram que os fãs tinham motivos para nutrir a esperança. Atualmente, o baterista Marcelo Bonfá e o guitarrista Dado Villa-Lobos se juntam a André Frateschi (voz), Lucas Vasconcellos (guitarra), Mauro Berman (baixo) e Roberto Pollo (teclado) em um projeto comemorativo pelos 30 anos do lançamento do primeiro disco da banda – disco homônimo, lançado em 1985.