Inezita Barroso foi uma mulher invulgar. Rica e bonita, trocou o sucesso fácil como cantora para tentar traduzir em música a alma do povo brasileiro, principalmente aquele que mora no mato. Conseguiu de forma notável ao transformar cantigas folclóricas em sucessos de rádio. O escritor Rodrigo Faour, amigo e colaborador, a definia em três palavras: integridade, rebeldia e resistência.
Elas resumem bem a carreira longeva de uma artista que nunca se vendeu e viveu como bem quis. Quando iam a seu programa na TV, neo-sertanejos como Daniel tinham que abandonar seus arranjos pop e voltar para a viola caipira da qual ela não abria mão. É certo que as fusões são importantes para a vitalidade da música porém, tão importante é ter que alguém não deixe a cultura se desvirtuar por inteiro. Algo que Inezita Barroso fazia sem se “atrapaiar”.
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