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Em um futuro próximo, conhecer regras básicas de programação será tão necessário quanto dominar inglês. Sabendo disso, o professor e programador Jean Hansen idealizou um projeto para ajudar profissionais a usar ferramentas para criar seus próprios sites e programas, sem necessariamente dominar uma linguagem e um código específicos. Criou o Boot, uma plataforma de aulas online sobre programação, que ensina maneira rápida e fácil.

O professor e programador Jean Hansen Divulgação

Gostou do tema?

Quer saber mais sobre as profissões do futuro? Você vai conhecer de perto profissionais que estão em áreas promissoras e saber quais caminhos percorreram para sair na frente. Se você ficou interessado e quer ouvir dicas sobre o tema, não pode perder a próxima edição do Papo U da Gazeta do Povo que será realizado no dia 30 de novembro no Museu Oscar Niemeyer (MON).

Além da mediadora Mariana Ayres, gamer da Microsoft, o evento conta com os palestrantes Nayane Morais, programadora da Mirum Agency; Diego Ximenes, um dos fundadores da 99 jobs e Jean Gustavo Hansen, professor e fundador do Boot (uma plataforma de aulas online). Haverá também show com a banda The Folkin´Dads e comidas do food truck Nebraska Burgers.

Vagas limitadas. Inscreva-se em www.gazetadopovo.com.br/papou

Data: 30/11

Horário: 19h

Local: Museu Oscar Niemeyer (MON) – Rua Marechal Hermes, 999.

A base das ideias de Hansen, seja no que ele ensina ou aplica na sua carreira, estão inseridas no conceito de futurismo, que é o estudo de projeções para o futuro, seja de profissões ou das necessidades humanas. É sobre isso que ele vai falar no dia 30 de novembro, como convidado do Papo U da Gazeta do Povo. O evento acontece no Museu Oscar Niemayer, às 19h.

A ideia do Boot nasceu de uma necessidade que você detectou?

Muitas pessoas que queriam empreender ou gestores de empresas me procuravam para aprender programação. Precisavam de uma forma fácil de fazer isso, mais ou menos como um passo a passo. Aí percebi uma oportunidade de negócio. Na época trabalhava em uma startup, com um aplicativo chamado Olá, que era um programa de benefícios para quem é social na vida real. Funcionava assim: a pessoa acumulava pontos com cada amizade que conquistava e no final podia trocá-los por benefícios.

Mas enquanto fazia isso comecei a perceber que a tendência é a democratização da tecnologia. Aquela ideia de que ela está no domínio de poucos, seja pela complexidade ou pelo custo financeiro, não existe mais. Se há dez anos só especialistas podiam criar sites e blogs – essa parte mais “maker” mesmo – hoje qualquer pessoa pode fazer isso sozinha. Isso vale para diversas carreiras, como de advogado, publicitário,....Então encontrei uma forma de facilitar o aprendizado, até para suprir uma demanda que só vai crescer.

Você fez um curso de futurismo. O que ele ensina?

É uma área ligada à tecnologia que usa metodologia de dados para traçar projeções para o futuro, a curto e médio prazo. Não envolve apenas profissões, mas as necessidades da sociedade em educação, consumo e saúde, por exemplo, o que não deixa de ter relação com ocupações que deem conta das demandas nessas áreas. A proposta é trazer essas projeções para o presente e preparar para se adaptar a elas.

E a projeções futuristas hoje apontam para onde, em relação às carreiras?

A relação das pessoas com o trabalho vai mudar, pois ninguém mais vai passar a vida inteira fazendo a mesma coisa. Mas as principais profissões do futuro não foram criadas. Daqui a dez anos o que estará “bombando” ainda não existe. Foi o que aconteceu com a carreira de youtuber, por exemplo. Por isso para se preparar é preciso focar nas habilidades e a primeira delas é ter autonomia tecnológica, saber desenvolver sozinho ferramentas para solucionar problemas inseridos na sua área de atuação. A segunda é a criatividade. Quem tiver uma boa relação com criação e conseguir enxergar e resolver problemas estará mais preparado. Outra é a adaptabilidade, a facilidade em aprender outras tarefas e reaprender sempre.

Essas habilidades valem para todas as áreas. A tendência é as empresas ficarem menores, ter uma redução de hierarquia e exigir pessoas mais autônomas. Dentro disso a atuação como freelancer vai crescer. Os profissionais serão conectados aos seus projetos, e não mais a uma empresa. Vão seguir trocando um projeto por outro, de forma mais independente.

Então a preocupação do estudante (ou profissional) não é de investir na profissão do futuro mas nessas habilidades?

Esse é o caminho. Não é para ter aquele medo e se desesperar para descobrir o que vai estar em alta daqui alguns anos. Se você gosta de alguma área, invista nela, tendo em mente que serão necessárias habilidades que não necessariamente estão ligadas a essa carreira.

Claro que temos exceções na área acadêmica, onde por muito tempo os profissionais eram super especialistas em um assunto. Mas mesmo isso hoje está mudando e a tendência é, por exemplo, o que os grandes laboratórios mundiais tem feito, criando jogos abertos à população em que as pessoas podem ajudam, brincando, a encontrar respostas para as pesquisas.

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