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Marcos Strecker é o responsável pelo gerenciamento de 23 canais no Twitter, algumas páginas no Facebook, e como ele mesmo diz, "permanece conectado a maior parte do tempo". O jornalista, editor de Redes Sociais do jornal Folha de S. Paulo, representa em termos práticos a importância que sites como Orkut, Facebook e Twitter têm para o dia-a-dia de um veículo de comunicação.

Apesar de ser um cargo novo no Brasil, diversas empresas internacionais já tratam as redes como uma editoria própria. É o caso do The New York Times e CNN (Estados Unidos) e da BBC (Inglaterra).

"Essa é uma importância crescente. Os jornais não podem mais ignorar as mídias sociais, e os jornalistas não podem mais ficar fora das redes", afirma Strecker, também autor do recém-lançado Na Estrada, livro sobre o cineasta Walter Salles que mistura análise e biografia.

E pensar em um sentido funcional para as redes sociais não deixa de ser interessante. Se elas a princípio foram criadas com o intuito de entreter – e de comunicar –, Strecker hoje vê peculiaridades de diversas áreas que rondam os perfis virtuais. "Acho que as redes têm a ver com extroversão, curiosidade, flexibilidade e humor. Talvez os brasileiros tenham muito a ensinar sobre isso. Mas os norte-americanos podem agora dar uma grande contribuição para as mídias sociais, além da excelência técnica que de­­monstram tão bem, ao acrescentar sentido prático e visão econômica. Talvez isso explique porque o Facebook está crescendo tão rapidamente e porque o Twitter está se tornando um instrumento de comunicação essencial", conta o jornalista.

O uso contínuo e mais intenso dessas mídias poderia, inclusive, propiciar uma nova forma de relacionamento entre as pessoas. E aí, possíveis problemas. "Mídias sociais são fundamentais nessa nova modalidade de comunicação. Isso traz perspectivas fascinantes, mas riscos também. A perda da privacidade é apenas um deles", diz Strecker, citando os teóricos Pierre Lévy (que vê a possibilidade de uma inteligência coletiva proporcionada pelas redes) e Andrew Keen (para quem a banalização da informação tem caráter autoritário.

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