Novo episódio para a saga robótica

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Michael Bay é um cineasta que parece ser facilmente convencido. Afinal, já havia declarado que não era sua intenção fazer um terceiro filme da franquia Transformers. "A [produtora do filme] Paramount basicamente me falou que eu estaria no olho da rua se não fechasse a trilogia, então eu fiz", brincou Bay em uma coletiva de imprensa que aconteceu na segunda-feira no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, que contou também com os atores Josh Duhamel e Rosie Huntington-Whiteley. A cidade foi escolhida para sediar a estreia mundial de Transformers: o Lado Oculto da Lua, dirigido por Bay e co-produzido por Steven Spielberg, que aconteceu no domingo, dia 19. O filme entra em cartaz no Brasil em 1.º de julho.

Foi Spielberg quem, inclusive, mudou a convicção do diretor em relação à tecnologia 3D. Bay, que havia se declarado avesso a esse tipo de produção, contou que o diretor de E.T. – O Extraterrestre o convenceu a empregar os efeitos nesse novo episódio: "Nunca havia feito um filme em 3D antes, e achei que o resultado foi bem positivo. Deu trabalho, mas o efeito valoriza as cenas de ação. Quero sempre fazer filmes com o que há de melhor".

Em Transformers: o Lado Oculto da Lua, mais uma vez a batalha entre os Autobots e Decepticons – heróis e vilões, respectivamente – se cruza com a história da humanidade.

Durante o pouso na Lua, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin investigam os destroços de uma nave do planeta Cybertron, que ocultam mais um novo segredo que pode pôr fim à humanidade e também um Autobot adormecido: Sentinel Prime, dublado por ninguém menos que Leonard Nimoy, o comandante Spock de Jornada nas Estrelas. "Ele é casado com a minha prima, Susan Bay, e combinamos tudo em um Dia de Ação de Graças, graças à insistência da minha mãe para que eu falasse com ele", contou Bay, que colocou duas referências ao célebre personagem de Nimoy no filme. O ator já havia feito uma dublagem no longa-metragem animado de Transformers, lançado em 1986.

Já Rosie Huntington-Whiteley, que substituiu a atriz Megan Fox na franquia – despedida sem uma explicação oficial – afirmou que o papel foi desafiador. "Eu nunca havia feito qualquer trabalho como atriz, e quando Michael me disse que teria o papel feminino principal, fiquei surpresa, mas também achei um passo natural para minha carreira, pois não posso ser modelo para sempre", declarou, e aproveitou para contar que seu namorado, o ator de ação Jason Statham, lhe deu algumas dicas sobre como cuidar dos hematomas das filmagens, que apareceram já nos primeiros dias. Sobre substituir Megan, disse que se sente mais como a nova garota do que como uma substituta.

Bay declarou que está satisfeito com o resultado de Transfomers: o Lado Oculto da Lua. "Prestamos muita atenção às críticas que os fãs fizeram sobre o filme anterior e buscamos melhorar neste. As cenas de ação estão mais bem feitas e coreografadas, e acho que acertamos nesse filme", disse, atribuindo as críticas a Transformers 2: A Vingança dos Derrotados, em parte, à greve dos roteiristas de 2008.

Por fim, o diretor contou que, embora seja a vontade da produtora Paramount, não está em seus planos um quarto filme da série: "Foram três filmes em seis anos muito cansativos da minha vida. Quero fazer algo menor e sem hematomas dessa vez." Resta saber se o diretor será convicto desta vez em sua decisão.