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São Paulo – Pior que o atraso de meia hora – que provocou assovios e aplausos ritmados do público, para lembrar que já estava ali – foi o sistema de som no auditório do Memorial da América Latina, onde se realizou, na quinta-feira à noite, a cerimônia de encerramento da 31.ª Mostra Internacional de Cinema São Paulo. Das últimas filas, foi preciso ver César Charlone, o genial fotógrafo de Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel, subir ao palco para confirmar que o prêmio Bandeira Paulista deste ano foi para O Banheiro do Papa, co-produção uruguaio-brasileira que ele realizou, em espanhol, em parceria com Enrique Fernández. O filme já havia sido premiado no Festival de Gramado, em agosto.

Foi uma extensa premiação. O júri oficial de ficção, o mais importante – integrado pelas diretoras Lúcia Murat e Inês Medeiros e pelos diretores Hirokazu Kore-eda, Moussa Sene Absa e Férid Boughédi –, entregou três prêmios na categoria "longas", além da Bandeira Paulista para o simpático O Banheiro do Papa. Truques, do polonês Andrzej Jakimowski, recebeu uma menção especial . Postales de Leningrado, da venezuelana Mariana Rondón, ganhou o prêmio revelação; e – o mais merecido de todos – Carla Ribas foi sagrada como melhor atriz da mostra por sua extraordinária interpretação em A Casa de Alice, de Chico Teixeira. O diretor subiu ao palco para os agradecimentos. Estava feliz da vida por sua intérprete, reconhecendo que, sem Carla na pele de Alice, a casa não seria a mesma coisa.

O prêmio do público para o melhor documentário foi para o argentino O Filme da Rainha, de Sergio Mercurio, sobre a curitibana Efigênia Rolim, que transforma papéis de bala em vestimentas majestosas.

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