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Para Ramalho e Regiane, as composições de Brahms são obras-primas da música camerística | Valterci Santos / Gazeta do Povo
Para Ramalho e Regiane, as composições de Brahms são obras-primas da música camerística| Foto: Valterci Santos / Gazeta do Povo

Programa

Confira o repertório dos dois dias de apresentação do concerto Brahms e o Elemento Cigano, na Capela Santa Maria

Hoje, às 20 horas:

Johannes Brahms (1833-1897): Sonata para Piano e Violino em Ré Menor, No. 3, Op. 108 e Sonata para Piano e Violino em Sol Maior, No. 1, Op. 78

Pablo de Sarasate (1844-1908)

Zigeunerweisen (Árias Ciganas), Op.20

Amanhã, às 20 horas:

Brahms

Scherzo para Piano e Violino WoO. 2 e Sonata para Piano e Violino em Lá Maior, No. 2, Op. 100.

Ernest Chausson (1855-1899)Poème, Op. 25

Maurice Ravel (1875-1937)

Tzigane

A música cigana foi o tema escolhido pela pianista Regiane Yamaguchi e pelo violinista Winston Ramalho para apresentar a obra completa de Johannes Brahms (1833-1897) para piano e violino em um repertório equilibrado entre o complexo e o palatável. A obra do compositor alemão – três sonatas e um scherzo – será dividida em apresentações que acontecem hoje e amanhã, às 20 horas, na Capela Santa Maria, em um programa que inclui ainda os compositores Pablo de Sarasate (1844-1908), Ernest Chausson (1855-1899), e Maurice Ravel (1875-1937).

As composições de Brahms para piano e violino, de acordo com Yamaguchi, foram escolhidas por serem obras-primas da música de câmara. "As obras são igualmente desafiadoras para os dois instrumentos. Mas um re­­pertório só com elas ficaria denso demais", diz. As características da música cigana identificadas pelos músicos nas composições do alemão permitiram relacionar seu repertório com outras obras mais diretamente ligadas ao gênero.

"Apesar de não ter incluído deliberadamente temas ciganos nessas obras, Brahms dedicava composições a Joseph Joachim, um violinista húngaro que foi o desbravador da música cigana", diz a pianista. Para Ramalho, Joachim aproximou Brahms do universo dos povos nômades europeus.

Entre as principais características da música cigana – que são, também, desafios para a interpretação dos músicos – estão a improvisação, o virtuosismo (principalmente violinístico), a expressividade e as sonoridades exóticas. "É preciso ter a habilidade de respeitar o que o compositor colocou e, ao mesmo tempo, explorar o caráter improvisatório", diz Regiane.

As variações da interpretação também exigem afinidade entre os músicos, que se conhecem desde 1998, mas nunca haviam se apresentado juntos devido a problemas de agenda. "O duo tem de ter uma conexão muito boa. Tenho de entender para onde ele está levando a música", diz Regiane, que é logo complementada por Ramalho: "Ela precisa ter flexibilidade para acompanhar o que estou inventando."

Serviço:

Brahms e o Elemento Cigano, de Winston Ramalho e Regiane Yamaguchi. Capela Santa Maria – Espaço Cultural (R. Cons. Laurindo, 273), (41) 3321-2840. Dias 17 e 18, às 20 horas. Os ingressos custam R$ 15 e R$ 7,50 (meia-entrada). Na sexta-feira, haverá uma master class de música de câmara para estudantes, das 14 horas às 17 horas, com entrada franca. Mais informações pelo telefone (41) 3321-2842.

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