O elenco de Fringe, encabeçado por Joshua Jackson (sentado, à direita), o personagem Pacey da extinta série Dawson’s Creek| Foto: Divulgação

Bastidores

Saiba mais sobre o seriado que se tornou um fenômeno nos EUA antes mesmo de estrear na tevê.

- Fringe é dirigido por J.J. Abrams, diretor que trabalhou nas séries Alias, Felicity e Lost, e nos filmes Armageddon, Missão Impossível III e Cloverfield.

- Uma série de ações promocionais para divulgar a série foi realizada nos Estados Unidos. Entre elas, um "passeio" com uma manada de vacas pelas ruas de San Diego, na Califórnia.

- Até o momento, 23 mil participantes integram a comunidade do Fringe no site de relacionamentos Orkut.

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Cartazes enigmáticos e sem qualquer dica do que se trata o seriado fazem parte da campanha de marketing da Fox para Fringe
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Há uma horda de vacas nas ruas de San Diego, na Califórnia. Será fruto da distração de algum caubói? Será um protesto de alguma entidade em defesa dos animais? Não. É uma ação promocional do canal Fox para divulgar Fringe, sua nova série, que estréia dia 9 de setembro nos Estados Unidos e, provavelmente, em fevereiro de 2009 no Brasil.

Cercada de muito mistério, a nova superprodução de J.J. Abrams – também diretor das séries Alias e Lost –, Roberto Orci e Alex Kurtzman – equipe por trás de Star Trek IV e Missão Impossível III – já se tornou uma febre planetária e toma conta de sites, blogs e comunidades virtuais, criando enorme expectativa entre os fãs de seriados. Como se fossem parte da trama, há comentários diversos, que sugerem de tudo um pouco. "É uma mistura de Arquivo X com Lost." "Não, é Lost com mais romance." "Nada disso, é algo revolucionário para um seriado." Na espera pela estréia oficial – no Brasil, Fringe será transmitido pela Warner – há tentativas para se aproximar do obscuro seriado, que promete misturar ficção científica à realidade.

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Alexandre Flávio, de 23 anos, teve o privilégio de assistir ao episódio piloto que, segundo informações extraoficiais – para criar ainda mais suspense – custou US$ 10 milhões, um verdadeiro recorde para a tevê. Seja por estratégia de divulgação ou acidente de percurso, o capítulo vazou na internet. "Um amigo me passou há três meses. A primeira impressão foi boa. A fotografia desse episódio é sensacional e eu diria que é uma mistura de Arquivo X e Lost porque Fringe vai tratar de temas bizarros e delicados ao mesmo tempo", disse Flávio, dono do blog Heteronímia (http://heteronimia.ramos.mus.br).

Avião

A primeira semelhança com Lost – que está na quinta temporada – é logo percebida. "Tudo começa com um avião indo em direção a Boston. Coisas estranhas acontecem e ele aterrissa com todos os tripulantes mortos – e de um jeito bem esquisito. Há uma investigação sobre as causas das mortes e um agente é "infectado". Aí a trama se divide em tentar explicar o caso e salvar o cara, em meio à muito mistério", revelou Flávio. A série será estrelada por Joshua Jackson (o Pacey de Dawson’s Creek) e Anna Torv (com vários trabalhos para a televisão e, no cinema, ela trabalhou no filme O Livro das Revelações).

Se Lost prende os fãs mais e mais a cada episódio, Fringe não deve ser tão "cruel" com os espectadores. Em entrevista para o site da Fox (www.fox.com), J.J. Abrams disse que a nova produção é, de muitas maneiras, um experimento, e que a equipe tentou fazer uma série que não demande insana e absoluta dedicação de quem a acompanha.

"Não queremos que quem perca um episódio não tenha a menor idéia do que está acontecendo depois", comentou o diretor. Nesse sentido, Fringe se aproxima de Arquivo X, série de sucesso produzida entre 1993 e 2002, protagonizada por David Duchovny, que mantinha certa continuidade, embora não apresentasse ligação íntima entre um episódio e outro.

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Orkut

Enquanto no site oficial (www.fox.com/fringe) há a contagem regressiva para a estréia nos Estados Unidos (oito dias a partir de hoje), comunidades virtuais são abarrotadas de mensagens de todos os tipos.

No Orkut, já são mais de 23 mil participantes que trocam informações e impressões, ainda que seja sobre as sardas do rosto da atriz.

"É importante que coisas novas e boas sejam comentadas, mas não tem como não haver desinformação. É muita gente, muitas opiniões diferentes", diz Alexandre, também contando os dias para que o mistério de Fringe acabe. Ou para que comece de uma vez.