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Essa foi a hipótese que surgiu durante a reportagem – a de que a literatura no Paraná e no país seriam hostis para a mulher. "Não creio que haja hostilidade, mas desinformação. Cada vez mais as mulheres ocupam espaço na sociedade, em todos os níveis e profissões, de tal maneira que também no mercado editorial prevalecerá o bom senso", diz Luiz Ruffato.

Josely Vianna Baptista diz que nunca sentiu machismo em editoras nem em redações. "Todos os projetos que apresentei foram bem recebidos", lembra, citando inclusive a Musa Paradisíaca, publicada semanalmente pela Gazeta do Povo durante anos.

Perguntada se teve de encarar alguma dificuldade específica por ser mulher, Luci Collin responde que "por ser mulher, não; por ser paranaense, sim". Para publicar seus livros, precisou vencer o eixo Rio – São Paulo.

Dois exemplos mostram que mulheres vão bem na literatura nacional. Ano passado, Nélida Piñon venceu o 47.º Jabuti de livro do ano, dado pela Câmara Brasileira do Livro – a premiação mais tradicional do país. Outra escritora, Lygia Fagundes Telles, recebeu o prêmio Camões, considerado um dos mais importante da língua portuguesa.

No Paraná, entre escritoras reconhecidas e outras que ainda precisam ser descobertas – nascidas ou radicadas aqui –, além daquelas já citadas, estão Alice Ruiz, Lindsay Rocha, Greta Benitez, Estrela Leminski, Gloria Kirinus, Júlia da Costa (1844-1911), Assionara Souza, Wael de Oliveira, Marília Kubota, Cláudia Ortiz, Regina Benitez, Adélia Maria Woellner, Sabina Anzuategui e muitas outras. (IN)

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