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No Limite do Amanhã é baseado em mangá de Hiroshi Zakurazaka | Divulgação
No Limite do Amanhã é baseado em mangá de Hiroshi Zakurazaka| Foto: Divulgação

Foi há 21 anos – Harold Ramis fez um filme que virou cult, The Groundhog Day. Bill Murray e Andie MacDowell ficavam presos num dia sem-fim, que se repetia indefinidamente. Como acabar com o "feitiço do tempo" (título que recebeu no Brasil) virava uma questão filosófica, mais até que estética. Não dá para não se lembrar de Feitiço do Tempo a propósito de No Limite do Amanhã (em cartaz nos cinemas). A fantasia científica que estreou na semana passada arrebentou em todo o mundo, e já está sendo considerada a ressurreição de Tom Cruise.

Os últimos anos (e filmes) não têm sido fáceis para o indomável. A filiação de Cruise à cientologia colocou a imprensa contra ele (e com bons motivos). O fato de também ter-se colocado por dois anos nas mãos de Stanley Kubrick, para fazer De Olhos Bem Fechados teve um impacto na sua carreira. Fora da franquia Missão Impossível – o 3 e o 4 competem pelo título de melhor da série –, ele não tem tido grandes sucessos. Não tinha. No Limite do Amanhã estourou em escala planetária. É o mega-hit de Hollywood na atualidade.

O filme baseia-se no mangá All You Need Is Kill, de Hiroshi Sakurazaka. Na terra do futuro, Cruise faz um especialista de propaganda que é forçado a participar, como recruta, do combate decisivo contra alienígenas que estão ganhando controle do planeta. Chamados de mimetics, esses ETs são controlados por um cérebro (Ômega) que interfere no tempo. Cruise vê o seu dia se repetir, e, um dia, ao desembarcar em uma praia, ocorre o primeiro grande confronto com os mimetics.

Ele é lançado no calor do combate, morre e ressuscita. Nisso, descobre que a grande heroína dessa guerra (Emily Blunt) viveu o mesmo processo. E, agora, os dois mais o cientista tentam descobrir onde está o cérebro alienígena. Cada vez que chegam perto, Ômega cria novas formas de interferência e despistamento. E Cruise segue morrendo, e ressuscitando.

Como se conta uma história de ação baseada na repetição? É muito interessante ver como Doug Liman resolve o problema. Ele acelera o processo – caserna, preparação, lançamento na praia, morte, ressurreição – e queima etapas por meio de uma montagem que suprime a repetição sem alterar o entendimento global. GGG 1/2

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